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Presos perderão direito à saidinha

Saidinha dos presos perto do fim | Créditos: Wilson Dias/Agência Brasil

O clima de folia ainda paira no ar, mas a festa acabou para os presidiários que sonhavam com a manutenção das “saidinhas”. Em uma votação acachapante, o Senado Federal decretou o fim da regalia, colocando um ponto final na polêmica que dividia opiniões.

Foram 62 votos a favor e apenas 2 contra o projeto que põe fim à “saidinha” em datas comemorativas. A medida, que agora retorna à Câmara dos Deputados para nova votação, foi um duro golpe para o governo Lula, que defendia a manutenção da benesse para os presos.

Senadores rebeldes

Até mesmo senadores da base governista se rebelaram e votaram a favor do fim da “saidinha”. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reconheceu a desobediência, mas liberou a bancada para votar como quisesse. O mesmo fez o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), que, ironicamente, defendia uma medida ainda mais restritiva.

Oposição em peso

Do outro lado do ringue, a oposição vibrou com a vitória. O projeto teve relatoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Igualmente, contou com emenda do senador Sergio Moro (União-PR), dois pesos pesados do antipetismo no Senado.

Futuro incerto

O Palácio do Planalto ainda avalia se Lula vai vetar a medida caso ela seja aprovada novamente pela Câmara. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a decisão ainda não foi tomada.

O que muda?

Atualmente, a lei permite que presos do regime semiaberto deixem a prisão por um período de tempo determinado para visitar familiares, participar de atividades que auxiliem na ressocialização e frequentar cursos. Com a aprovação do projeto, essa benesse terá fim em datas comemorativas.

E agora?

A Câmara dos Deputados terá a palavra final sobre o destino da “saidinha”. A medida deve ter novamente aprovação, mas o governo ainda não jogou a toalha e busca alternativas para reverter a situação.

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