O clima de folia ainda paira no ar, mas a festa acabou para os presidiários que sonhavam com a manutenção das “saidinhas”. Em uma votação acachapante, o Senado Federal decretou o fim da regalia, colocando um ponto final na polêmica que dividia opiniões.
Foram 62 votos a favor e apenas 2 contra o projeto que põe fim à “saidinha” em datas comemorativas. A medida, que agora retorna à Câmara dos Deputados para nova votação, foi um duro golpe para o governo Lula, que defendia a manutenção da benesse para os presos.
Senadores rebeldes
Até mesmo senadores da base governista se rebelaram e votaram a favor do fim da “saidinha”. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reconheceu a desobediência, mas liberou a bancada para votar como quisesse. O mesmo fez o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), que, ironicamente, defendia uma medida ainda mais restritiva.
Oposição em peso
Do outro lado do ringue, a oposição vibrou com a vitória. O projeto teve relatoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Igualmente, contou com emenda do senador Sergio Moro (União-PR), dois pesos pesados do antipetismo no Senado.
Futuro incerto
O Palácio do Planalto ainda avalia se Lula vai vetar a medida caso ela seja aprovada novamente pela Câmara. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a decisão ainda não foi tomada.
O que muda?
Atualmente, a lei permite que presos do regime semiaberto deixem a prisão por um período de tempo determinado para visitar familiares, participar de atividades que auxiliem na ressocialização e frequentar cursos. Com a aprovação do projeto, essa benesse terá fim em datas comemorativas.
E agora?
A Câmara dos Deputados terá a palavra final sobre o destino da “saidinha”. A medida deve ter novamente aprovação, mas o governo ainda não jogou a toalha e busca alternativas para reverter a situação.
E você, o que acha?
Deixe sua opinião nos comentários!