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Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio

Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio

Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio | Reprodução

O jornalista Ricardo Lyra Ribeiro, CEO do “Jornal Corporativo”, foi preso nesta manhã, no Rio de Janeiro, por uma operação nacional contra o tráfico de drogas nesta quarta-feira (19). Trata-se da segunda fase “Operação Carga Fria”, realizada em conjunto pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e Polícias Civis de cinco estados, incluindo o Rio de Janeiro.

Nesta manhã, a operação prendeu, além de Ricardo, outras 10 pessoas bem como, apreendeu e toneladas de toneladas de drogas, armas e dinheiro. Dentre eles, um policial civil de São Paulo, afastado de suas funções desde a primeira fase da operação. Segundo o MPPR, o jornalista é suspeito de ser o responsável pela contabilidade e gerência das contas bancárias da organização criminosa.

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Esquema e ostentação

A quadrilha movimenta mais de R$ 100 milhões por ano com a venda de drogas, transportada em caminhões frigoríficos. Eles estão no mercado há, pelo menos, quatro anos.

Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio

Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio, além de apreender dinheiro, bens e drogas | Reprodução

Durante entrevista coletiva, a delegada Franciela Alberton, da Denarc do Paraná, detalhou como funcionava o esquema:

“Eles retiravam essa droga da região dos Lagos de Itaipu (Paraná), essa droga ela era temporariamente armazenada em chácaras de Cascavel e Toledo, e daqui, desses bunkers que eles utilizavam, elas eram acondicionadas em caminhão. Lá na primeira fase da operação, eles utilizavam caminhões frigoríficos em fundos falsos. Porque essas cargas de frigoríficos elas são de difícil fiscalização pelas polícias porque havendo rompimento dos lacres das cargas, ela é toda comprometida”

Delegados Nilmar Mafrin e Franciela Alberton, juntamente com o promotor Sandres Sponholoz | Reprodução

 

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O delegado Nilmar Mafrin, do Gaeco do Paraná, destacou a organização da quadrilha, sobretudo, financeira.

“A elevação financeira deles, o patamar subiu absurdamente. Eles eram muito bem organizados. Tinham funções bem especificas dentro da organização. Pessoas que só faziam o transporte da droga, que só faziam a movimentação financeira, pessoas ligadas única e exclusivamente a lavagem de capitais. Então, tudo isso deu à investigação muito trabalho.

Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio, além de apreender dinheiro, bens e drogas | Reprodução

Operação Carga Fria mira tráfico de drogas e prende jornalista no Rio, além de apreender dinheiro, bens e drogas | Reprodução

Ele lembrou, ainda, que na primeira fase da operação, houve uma apreensão muito elevada de bens e valores, o que teria desarticulado a organização e facilitado a realização da segunda fase da operação.

“Pra essa segunda fase (a quadrilha) não estava tão bem estruturada quanto antes, disse Manfrin

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De acordo com o MPRJ, os líderes da organização criminosa vivem com alto padrão de vida. Isso  porque ostentam casas e carros luxuosos, assim como viagens internacionais e até mesmo veículos aquáticos.

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O promotor Sandres Sponholoz, citou que o Oeste do Paraná se trata de região sensível ao tráfico de drogas. Vale destacar que boa parte dessa região faz fronteira com a Argentina e, principalmente, com o Paraguai, por onde parte da droga entra no país.

“Com a fase de hoje, temos ainda a perspectiva de um melhor detalhamento das ações desses indivíduos que já foram denunciados, além daqueles que foram presos nessa opertunidade e que eventualmente serão denunciados pelo Ministério Público”, disse Sandrez.

Por fim, o montante de dinheiro apreendido ainda não está contabilizado, bem como a operação segue em andamento.

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