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RS: Milhares de alunos gaúchos ainda estão sem aula

RS: Milhares de alunos gaúchos ainda estão sem aula

RS: Milhares de alunos gaúchos ainda estão sem aula | Divulgação/Concresul

Quarenta e cinco dias após as fortes chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul, milhares de alunos ainda estão sem aula no estado. A situação é crítica em cidades como Canoas, onde apenas 14 das 44 escolas municipais voltaram a funcionar.

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Escolas improvisam soluções, como aulas em contêineres e mutirões de limpeza, enquanto governos prometem medidas para normalizar o ano letivo o mais rápido possível.

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, cerca de 60% dos alunos já retornaram às aulas. A escola, que antes atendia 700 estudantes, foi parcialmente inundada durante as chuvas, danificando parte da biblioteca e do material didático.

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O diretor da instituição, Fernando Lazzaretti, teme que o impacto das enchentes seja ainda mais grave que o da pandemia, já que muitos alunos perderam suas casas e não têm acesso à internet para aulas remotas.

Em Canoas, a realidade é ainda mais desafiadora. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Thiago Würth, que antes atendia cerca de 1.300 alunos, está coberta de entulho e ainda aguarda limpeza pelo Exército antes de reabrir. O assessor pedagógico José de Jesus D’Avila, que trabalha na escola há 31 anos, se emociona ao falar da situação:

“É um sentimento de tristeza ver as crianças fora da sala de aula. Elas estão sendo prejudicadas pedagogicamente, mas o pessoal tem força. Nós vamos levantar a escola de novo”.

Governos federal, estadual e municipais estão trabalhando em conjunto para retomar as aulas o mais rápido possível. O Ministério da Educação (MEC) flexibilizou o mínimo de 200 dias letivos para escolas do Rio Grande do Sul, mas manteve a obrigação de cumprir 800 horas/aulas no ano.

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O governo gaúcho já iniciou a entrega de novo mobiliário para algumas escolas e o MEC abriu prazo para as escolas solicitarem material didático para substituir o perdido pelas chuvas.

Apesar dos esforços, as medidas ainda são insuficientes para atender a todos os alunos afetados pelas inundações. Em Canoas, por exemplo, o secretário municipal de Educação, Aristeu Ismailow, afirma que espera que todas as escolas retomem as atividades até a metade do mês de julho, mas a data ainda gera incerteza e ansiedade entre os alunos.

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O pequeno Gabriel, de 8 anos, que estuda na Escola Municipal de Ensino Fundamental Assis Brasil, em Canoas, sente saudade das aulas e dos seus amigos.

“Estou com saudades da minha professora, dos meus amigos e de estudar os temas. Porque eu sou bom na matemática, e eu gosto de temas de matemática”, afirma. A escola de Gabriel ainda está fechada e coberta de entulho, sem previsão de reabertura.

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