A empresa Burn Indústria e Comércio, que atua no ramo de higiene e limpeza, com sede em Queimados, na Baixada Fluminense, é a responsável, de acordo com a Polícia Civil, pelo despejo irregular de produto presente nos detergentes no Rio Guandu, que provocou a paralisação da captação de água para tratamento, na segunda-feira (28), deixando sem abastecimento de água quase 11 milhões de pessoas. A previsão é que o abastecimento fique normalizado nas próximas 48 horas.
A empresa vai responder por crime ambiental e a multa aplicada pode chegar a R$ 50 milhões. O vice-governador do estado do Rio, Thiago Pampolha, que também responde pela Secretaria de Meio Ambiente, disse que a empresa Burn Indústria e Comércio será punida de forma exemplar.
“Leia mais notícias sobre Rio de Janeiro aqui”
“Nós vamos usar todos os agravantes que fizerem sentido para que a gente possa punir de forma exemplar, na medida e na proporção que o caso exige, sem cometer injustiças, mas dando o exemplo. O estado do Rio não pode aceitar esse tipo de crime ambiental de forma pacífica, precisamos realmente aqui de muita energia do estado”, afirmou o vice-governador.
A empresa opera também na fabricação de produtos têxteis para uso doméstico. Na página da Burn Indústria e Comércio, ela é descrita como empresa de pequeno porte, que tem 20 funcionários registrados em sua folha.
A Polícia Civil vai pedir também a interdição da empresa. Outras fábricas serão visitadas, nesta quarta-feira (30), para identificar se houve mais despejos que provocaram a paralisação da Estação de Tratamento (ETA) Guandu.
Fonte: Agência Brasil