Uma situação inaceitável para a sociedade, bem como para o empresariado local, e, no mínimo, embaraçosa para a polícia ocorre em Icaraí, na Zona Sul de Niterói. Na Rua Lemos Cunha, 475, em Icaraí, situa-se a 77ª de Polícia Civil.
Defronte a ela, do outro lado da rua, a loja de material de construção Ferragens São Francisco. Acontece que, nos últimos 15 dias, o comércio vem sendo alvo de arrombamentos, e furtos, além de danos materiais. Isso porque usuários de drogas, à revelia da presença policial na outra esquina, atentam contra o patrimônio da loja. E, até o presente momento, tal delinquência não tem controle.
A denuncia é do vereador Fabiano Gonçalves (Cidadania), que esteve no local na manhã desta segunda-feira (18).
É inaceitável que, em frente a uma delegacia de polícia, um lojista tenha sua loja arrombada duas vezes em um curto período. Nossa cidade enfrenta uma onda de desordem urbana e arrombamentos, prejudicando o comércio e tirando a tranquilidade de nossa população. Essa situação é inadmissível, e não descansarei até que nosso município volte a ser um lugar digno para criar nossos filhos e netos”. Vereador Fabiano Gonçalves.
Fabiano citou que orientou o lojista a fazer o registro de ocorrência na delegacia e a colocar vigilante dentro da loja.
Na hora que isso acontecer, quando esses viciados que estão roubando as lojas pra roubar crack entrarem, vai dar ruim. Porque depois o vigia vai ser o culpado e esses viciados em situação de rua serão inocentados porque invadiram o estabelecimento de um lojista. Isso é repugnante, isso é humilhante para nós, cidadãos de bem”, bradou Fabiano, em tom de indignação.
Debate recorrente
Há duas semanas, Fabiano Gonçalves também havia levado ao plenário da Câmara Municipal de Niterói um ofício do Pastor Ozeas Antunes Corrêa Neto, do Centro Evangelístico Internacional (CEI). Ele pedia, ao 12º Batalhão de Polícia Militar, maior policiamento no entorno da sede da igreja. O motivo: a grande concentração de usuários de drogas no local.
O templo religioso fica a 300 metros da mesma delegacia, ao final da mesma rua, do comércio atacado. Na ocasião, o assunto gerou debate acalorado entre parlamentares que defendem a intervenção policial e o vereador do Psol, Paulo Eduardo Gomes, que entende a questão como de saúde púbica e não como de segurança.
A situação de vulnerabilidade, que afeta muitas pessoas em situação de rua, precisa de resolução urgente, pois o real estado de necessidade de muitos sem teto se mistura com a marginalidade de alguns.
Tal situação potencializa o preconceito e a discriminação da população de rua de um modo em geral, como se todas as pessoas nesta situação fossem criminosas. Isso pôde ser observado no confronto entre vendedores de bala e seguranças do Plaza Shopping, em junho.
Noticiamos
A reportagem do FOLHA DO LESTE vem acompanhando as ações municipais relacionadas a população de rua. Em meio a ela, há um número considerável de usuários de drogas. Principalmente, de usuários de crack.
Revelamos, ainda, que criminosos foragidos estão se infiltrando entre a população de rua de Niterói, tal como o caso de um homem condenado por estupro em Minas Gerais. Mostramos, ainda, o caso de um engraxate que extorquia pessoas. E, também, o de um homem que praticou um assalto a pauladas.
Igualmente, mostramos que as praças estão se transformando em moradias improvisadas. Todavia, prevalece o entendimento do Supremo Tribunal Federal, sobre a proibição de remoção compulsória, bem como de seus pertences. Também, há o entendimento, tanto das forças policiais como do município, de que os moradores de rua não podem ser abordados sem “fundada suspeita”.
[…] Ainda na manhã desta segunda-feira (18), o vereador Fabiano Gonçalves denunciou o arrombamento de … […]