Créditos: Agência Brasil
Nesta sexta-feira, dia 16 de fevereiro, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o lançamento do aguardado programa “Fies Social”. Essa iniciativa visa viabilizar o acesso ao ensino superior para estudantes de baixa renda, possibilitando o financiamento de até 100% dos cursos em instituições privadas. O programa é direcionado para aqueles inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e que possuem uma renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo. O “Fies Social” entrará em vigor a partir do segundo semestre de 2024.
Embora ainda não tenham sido divulgadas informações específicas sobre o número de estudantes de baixa renda que serão beneficiados pelo programa, é importante destacar que dentro dessa iniciativa serão reservadas vagas para estudantes com deficiência e/ou autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas. O MEC ressalta que quanto menor for a renda mensal da família, maior será a porcentagem de financiamento concedida ao estudante.
Uma das principais características desse novo modelo é a possibilidade de grupos mais vulneráveis conseguirem financiar integralmente a mensalidade da universidade, e só precisarem iniciar o pagamento após a conclusão do curso. Essa mudança representa um retorno, de forma mais moderada, aos empréstimos integrais dentro do programa, algo que não estava disponível desde 2016.
A necessidade dessa atualização foi evidenciada por estudantes de baixa renda, que enfrentavam dificuldades para arcar com a parte não financiada da mensalidade. Muitos relatavam que os custos nas universidades tendem a aumentar ao longo do curso, tornando-se impraticável conciliar os estudos em tempo integral com um emprego para cobrir o valor restante.
De acordo com dados do Mapa do Ensino Superior, publicado pelo Instituto Semesp em junho do ano passado, 55% dos alunos das faculdades do país desistiram de completar o curso superior entre 2017 e 2021. A nova iniciativa do “Fies Social” visa diminuir esses índices de evasão no ensino superior, proporcionando uma oportunidade real de acesso à educação de qualidade para todos.
É importante observar que o programa tem um limite de financiamento, que alcança até R$ 42,9 mil por semestre, e até R$ 60 mil para estudantes de medicina. Caso o valor da mensalidade ultrapasse essa quantia, o estudante será responsável por pagar o excedente mensalmente.
