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Alta nos preços acompanha crescimento do consumo de alimentos em abril, segundo Abras

Consumidores fazendo compras em supermercado com prateleiras de alimentos

Consumo cresceu em abril, mas preços da cesta básica também aumentaram | Reprodução/Freepik

Com mais comida no carrinho, veio também mais peso no bolso: a cesta básica acumula alta de 13,38% em 12 meses. Em abril, o consumo de alimentos cresceu 1,25% na comparação com março, segundo balanço da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com abril do ano passado, a alta foi de 2,63%.

O bom desempenho, segundo a entidade, tem nome e sobrenome: transferência de renda. O Bolsa Família, o auxílio gás e o abono do PIS/Pasep, juntos, injetaram mais de R$ 14 bilhões na economia e impulsionaram as vendas no setor.

Também pesou no resultado o início do pagamento antecipado do 13º salário para segurados do INSS. A primeira parcela, com impacto esperado nos dados de maio, já movimentou cerca de R$ 70 bilhões.

Com isso, o consumo dos lares acumula alta de 2,52% neste ano. O resultado de abril foi modesto, puxado pela Páscoa, mas ofuscado pela base forte de março, quando o avanço foi de 6,96%.

“Apesar do crescimento aparentemente tímido, o impacto da Páscoa foi significativo: na semana da data, o consumo saltou 16,5%”, avaliou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Cesta básica acumula alta de 13,38%

O levantamento da Abras aponta que os preços também subiram. A cesta ampliada, com 35 itens, ficou 0,82% mais cara em abril, passando de R$ 812,54 para R$ 819,20. No acumulado de 12 meses, o aumento chega a 10,83%.

Já a cesta nacional de alimentos básicos, composta por 12 produtos essenciais, teve alta de 0,32% no mês, subindo para R$ 352,55. Em 12 meses, a inflação desse grupo chegou a 13,38%, puxada por produtos como batata (+18,29%), tomate (+14,32%) e café torrado (+4,48%).

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Outros itens que pressionaram o índice incluem o feijão (+2,38%) e o leite longa vida (+1,71%). Em contrapartida, o arroz (-4,19%), a farinha de mandioca (-1,91%) e o óleo de soja (-0,97%) ficaram mais baratos.

As proteínas animais pouco variaram, com destaque para a queda nos preços dos ovos (-1,29%). Já o grupo de higiene e limpeza teve alta generalizada, com aumentos em produtos como xampu (+1,11%), papel higiênico (+0,63%) e água sanitária (+1,29%).

Sul tem a cesta mais cara

A Região Sul lidera o ranking de preços, com a cesta ampliada chegando a R$ 902,09. Apesar disso, os maiores aumentos proporcionais vieram das regiões Norte e Centro-Oeste, ambas com alta de 0,96%.

No Sudeste, a alta foi de 0,68%, com valor médio de R$ 837,59. No Nordeste, a cesta passou de R$ 723,43 para R$ 729,09 (+0,78%).

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