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Brasil não classifica Hamas como terrorista

O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se recusa a classificar o Hamas como uma organização terrorista. Segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o país segue a definição da ONU.

O Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam sanções. Estão incluídos o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos do grande público.

A prática brasileira, consistente com a Carta da ONU, habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos e na proteção de cidadãos brasileiros em zonas de conflito – a exemplo do que ocorreu, em 2007, na Conferência de Anápolis, EUA, com relação ao Oriente Médio”, diz a nota do Itamaraty, para reforçar a posição brasileira atual.

Já Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, reforça que considera o Hamas uma organização terrorista.

“Eles não representam as aspirações legítimas do povo palestino. Não oferecem soluções, oferecem derramamento de sangue”, disse Metsola.

A posição do governo brasileiro tem sido alvo de críticas por parte da população brasileira e congressistas da Câmara e do Senado, ao passo que entendem o Hamas como responsável pelos ataques violentos contra civis em Israel.

Senador Alan Rick (União-AC): “Nós estamos diante de uma guerra. E de que lado o Brasil está, o governo brasileiro?”, indagou | Créditos: Jefferson Rudy/Agência Senado

Os ataques do Hamas – revidados por Israel – começaram no último sábado, deixaram mais de 2.500 mortos e mais de 10.000 feridos.

O governo brasileiro pondera que a classificação do Hamas como organização terrorista dificultaria a mediação do conflito entre Israel e Palestina.

A decisão do governo brasileiro por si só já gera controversas. Além disso,  reforçar esta posição somente serve para acirrar o debate político entre a direita e a esquerda no Brasil. Infelizmente, a trágica guerra no oriente serve de pano de fundo ao ódio político-ideológico crescente no Brasil.

Nesse ínterim, o governo de Israel divulgou imagens de bebês mortos ação do Hamas. Imagens fortes.

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