Após dois dias consecutivos de apagão em Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí, a Enel Rio informou na noite desta quarta-feira (13) que normalizou o fornecimento de energia para a totalidade dos clientes afetados pela ocorrência na subestação de Alcântara.
A recorrente precariedade no serviço da Enel causou prejuízos a consumidores e empresários, bem como afetou até mesmo o abastecimento de água pela Cedae para o Leste Fluminense e Ilha de Paquetá, no Rio. De igual forma, gerou indignação em diversos setores políticos, sociais e empresariais, sobretudo em Niterói.
Segundo a concessionária, desde os primeiros minutos após a ocorrência, a empresa mobilizou todos os recursos necessários. Citou o uso de um efetivo de 60 equipes em campo. Disse, em resumo, que atuou ininterruptamente até a normalização do fornecimento para todos os clientes.
No início da tarde de hoje, a empresa comunicou que já havia restabelecido o fornecimento de energia para 100% dos consumidores afetados por uma falha na linha de distribuição de alta tensão. Isso teria afetado, principalmente, parte do sistema que abastece os municípios de Niterói e São Gonçalo.
“A empresa esteve com autoridades da região para priorizar e garantir o abastecimento dos serviços essenciais. A Enel segue com reforço de equipes em campo para eventuais ocorrências causadas pelas chuvas na região da subestação”, afirmou a concessionária, em nota.
Niterói na Justiça
“É absurdo o transtorno causado desde ontem pela falha do serviço da concessionária, com falta de luz em muitos pontos da nossa cidade ao longo de quase 24h. Venho desde ontem cobrando diretamente à diretoria da Enel a retomada imediata do fornecimento”, frisou o Axel Grael.
Prejuízos ao povo e ao comércio
A falta de energia elétrica em Niterói provocou a suspensão de atendimentos médicos e aulas em diversas instituições. Do mesmo modo, 3,5 mil pessoas deixaram de se alimentar por R$ 2 nos dois restaurantes populares da cidade, sem condições de funcionar.
“Estamos acompanhando atentamente a situação de instabilidade no fornecimento de energia, que teve início por volta das 10h30. Compreendemos que essa situação impacta especialmente os estabelecimentos alimentícios, que dependem de refrigeração para a conservação dos produtos. Por isso, nossa equipe de operações está de prontidão oferecendo suporte aos lojistas, orientando-os nas melhores práticas de preservação e minimizando os impactos”, disse o Bay Market, em nota.
CDL Niterói fala em “precariedade vergonhosa”
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói, Luiz Vieira, classificou como vergonhosa a precariedade no fornecimento de energia que afetou Niterói pelo segundo dia consecutivo. Para Vieira, “é inadmissível” que o problema persista, prejudicando o comércio, serviços e moradores da região.
O presidente da CDL Niterói também chamou atenção para os prejuízos do empresariado. Principalmente porque quase todas as atividades comerciais ou de prestação de serviços dependem de energia elétrica para seu funcionamento. Ele lembrou que a instituição oferece apoio aos empresários locais, inclusive com possíveis ações judiciais.
“O prejuízo é incalculável e a CDL tem se colocado à disposição dos seus associados para qualquer reclamação que tenha trazer para que a gente se necessário mova uma ação judicial contra a empresa fornecedora de energia, destacou Luiz Vieira”
Empresários sempre pagam a conta
“O prejuízo, como sempre, acaba na responsabilidade do empresário, que mesmo sem vender, sem faturar, sem produzir, tem que arcar com tributos, alugueis e responsabilidades trabalhistas”, disse.
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