Presidente da CDL Niterói classifica precariedade da Enel como vergonhosa

Luiz Vieira, presidente da CDL Niterói classifica precariedade dos serviços prestados pela concessionária Enel como vergonhosa | André Freitas/Folha do Leste

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói, Luiz Vieira, classificou como vergonhosa a precariedade no fornecimento de energia que afeta Niterói pelo segundo dia consecutivo. O dirigente ressaltou a reincidência da concessionária nas falhas de abastecimento, bem como citou os prejuízos que isso causa à economia. Para Vieira, “é inadmissível” que o problema persista, prejudicando o comércio, serviços e moradores da região.

Além disso, Luiz Vieira fez questão de escancarar que a precariedade do serviço de fornecimento de energia elétrica não se restringe a Niterói, mas todas as áreas onde a concessionária atua. O presidente da CDL Niterói também chama atenção para os prejuízos do empresariado. Principalmente porque quase todas as atividades comerciais ou de prestação de serviços dependem de energia elétrica para seu funcionamento.

Primordialmente, quase todas as atividades econômicas dependem do uso de equipamentos eletrônicos alimentados via rede elétrica. Por exemplo, elevadores, sistemas de climatização, computadores, além de equipamentos de uso diário, conforme cada modelo de negócio.

Luiz Vieira cita, de igual forma, que a ausência de energia, mesmo que temporária, afeta a produtividade e impede a emissão de notas fiscais eletrônicas e tíquetes ou cupons fiscais, essenciais para o funcionamento legal e financeiro dos estabelecimentos.

A CDL de Niterói está acompanhando a situação de perto e, segundo Vieira, oferece apoio aos empresários locais, inclusive com possíveis ações judiciais.

“O prejuízo é incalculável e a CDL tem se colocado à disposição dos seus associados para qualquer reclamação que tenha trazer para que a gente se necessário mova uma ação judicial contra a empresa fornecedora de energia, destacou Luiz Vieira”

Por fim, Luiz Vieira denuncia que a responsabilidade por arcar com essas falhas sempre recai sobre os empresários.

“O prejuízo, como sempre, acaba na responsabilidade do empresário, que mesmo sem vender, sem faturar, sem produzir, tem que arcar com tributos, alugueis e responsabilidades trabalhistas”, disse.

O que diz a Enel

Conforme nota da Enel, a falha ocorre em uma linha de distribuição de alta tensão da companhia, que abastece parte de São Gonçalo.

“O incidente ocorreu durante as fortes chuvas com rajadas de vento e descargas atmosféricas que atingem parte do Estado do Rio de Janeiro”, diz a Enel.

Inicialmente, a empresa afirmou que técnicos da distribuidora estavam realizando os reparos necessários na linha. Todavia, ressaltou que a ação envolveria serviços complexos num local de difícil acesso, sem especificar onde. Ao mesmo tempo, a empresa disse que está realizando manobras na rede para reduzir o número de clientes impactados. Como resultado, houve reflexos no fornecimento de energia para alguns clientes nas cidades São Gonçalo, Niterói e Maricá.

Solução total veio à noite

Pela manhã, sobre a falha na subestação de Alcântara, a Enel diz que 87% dos clientes chegaram a ter o fornecimento de energia normalizado. Esse número avançou para 91% na parte da tarde, com a técnicos da empresa ainda atuando nos reparos.

Também de tarde, a Enel Rio disse que normalizou às 11h50 o fornecimento de energia para 100% dos clientes afetados pela ocorrência numa linha de distribuição de alta tensão da distribuidora.

Já na parte da noite, Enel Rio informou que normalizou em 100% o fornecimento de energia para os clientes afetados pela ocorrência na subestação de Alcântara.

“A empresa esteve com autoridades da região para priorizar e garantir o abastecimento dos serviços essenciais. A Enel segue com reforço de equipes em campo para eventuais ocorrências causadas pelas chuvas na região da subestação”, afirmou a concessionária, em nota.