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Vídeo: Onça em Maricá

Onça-parda é flagrada em Maricá

Foto: Reprodução

No refúgio de vida silvestre de Maricá, situado na região do bairro Espraiado, ocorreu o segundo flagrante de uma onça-parda circulando. Essa espécie costuma ser rara em áreas litorâneas, tornando o registro ainda mais especial. O avistamento foi possível graças a armadilhas fotográficas compostas por oito câmeras, que capturaram imagens de mais de 170 espécies de animais.

O Refúgio de Vida Silvestre de Maricá abrange uma área de nove mil hectares, que é maior do que o município de Armação de Búzios, na Região dos Lagos. Além disso, é duas vezes maior do que o Parque Nacional da Tijuca, localizado no Rio de Janeiro. Essa área representa um quarto de todo o território de Maricá.

As armadilhas fotográficas surgiram com a implementação do programa Monitoramento da Fauna Silvestre de Maricá. Este ano, o programa recebeu um reforço com a doação de cinco câmeras pelo projeto Onças Urbanas. Essa parceria surgiu a partir da colaboração entre o Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o BioParque do Rio de Janeiro.

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O objetivo do projeto coordenado pelo biólogo Izar Aximofi é monitorar a fauna e realizar ações de conscientização ambiental com a comunidade.

“É gratificante poder trabalhar junto à comunidade para destacar a importância desse animal de topo de cadeia que enriquece ainda mais as nossas unidades de conservação”, afirmou Guilherme Di César, subsecretário de Cidade Sustentável de Maricá.

O Refúgio de Vida Silvestre de Maricá está inserido nas Unidades de Conservação da cidade, que incluem a Área de Proteção Ambiental Municipal das Serras de Maricá, o Monumento Natural Municipal da Pedra de Inoã, o Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia, o Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá e o Monumento Natural do Morro da Peça.

O programa de Monitoramento da Fauna Silvestre de Maricá, conhecido como Mofama, levanta dados utilizados em pesquisas sobre as áreas protegidas da cidade. Além disso, o programa avalia a efetividade dessas áreas para a conservação da biodiversidade, acompanhando as tendências populacionais das diferentes espécies.

Até o momento, mais de mil imagens estão sendo analisadas e farão parte do relatório de monitoramento. Diversas espécies de animais silvestres já foram identificadas, incluindo quatis, tamanduás, saguis, cachorros-do-mato, gambás, pica-paus, jacus, sabiás, morcegos, lagartos, gatos-maracajá, esquilos, guaxinins e tatus.

Projeto Onças Urbanas

Lançado em junho deste ano, o projeto Onças Urbanas tem como objetivo conscientizar a população sobre a convivência pacífica entre animais e humanos nas grandes cidades. Além da onça-parda, o projeto também monitorará o macaco bugio, que está ameaçado de extinção no Brasil.

O próximo passo é mapear todas as localidades onde as onças são encontradas no estado do Rio de Janeiro. Para isso, as câmeras serão instaladas em áreas como o Parque Estadual da Pedra Branca e o Parque Estadual da Serra da Tiririca.

Armadilhas fotográficas

As armadilhas fotográficas são compostas por câmeras ativadas por sensores de presença. Elas são alimentadas por oito pilhas recarregáveis e são instaladas nos troncos das árvores. As câmeras são vistoriadas mensalmente, seguindo a sequência de disparos. Além de registrar onças-pardas, as câmeras também capturam imagens de outras espécies, como o macaco bugio, que é frequentemente avistado na região.

 

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