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Sônia Saturnino Braga: pioneira na política niteroiense

Sônia Saturnino Braga: pioneira na política niteroiense | Foto: Alessandro Lo-Bianco

Sônia Saturnino Braga: pioneira na política niteroiense | Foto: Alessandro Lo-Bianco

A evolução política das mulheres em Niterói reflete um processo gradual de conquista de direitos e visibilidade, marcado por avanços importantes nas últimas décadas. Desde a fundação da cidade em 1573, a participação feminina na política foi restrita, com as mulheres limitadas a papéis secundários na sociedade. No entanto, ao longo dos 451 anos de história, a luta por igualdade de gênero e o acesso delas aos espaços políticos foram crescendo.

Sônia Maria Saturnino Braga Santos nasceu no Rio de Janeiro, no dia 14 de dezembro de 1950, mas foi em Niterói, cidade que a adotou, que sua trajetória política e de luta pela inclusão começou a tomar forma. Ela se tornou a primeira mulher eleita vereadora de Niterói pelo voto direto em 1982, com o apoio do Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Leonel Brizola. Seu nome tornou-se sinônimo de transformação e liderança feminina na política local, pavimentando o caminho para mulheres em diversas esferas do poder.

A bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), dedicou sua vida à militância feminista e à luta pela igualdade de direitos, especialmente no campo da acessibilidade e defesa dos mais vulneráveis. Como vereadora, Sônia não se limitou ao discurso. Ela foi uma verdadeira precursora de mudanças que trouxeram benefícios tangíveis para a população de Niterói. Como a criação de rampas de acesso para deficientes físicos e a reserva do primeiro banco de ônibus para pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, um de seus projetos mais significativos foi a criação de um respaldo de concreto ao redor dos orelhões. A medida visava prevenir acidentes envolvendo pessoas com deficiência visual, uma preocupação crescente em um contexto de poucas políticas públicas voltadas para esse público.

Direito das mulheres

Outro marco importante de sua carreira foi a luta pela criação da Delegacia da Mulher em Niterói. Em uma época onde a violência contra a mulher ainda era um tema marginalizado em muitas esferas, Sônia brigou para garantir um espaço institucional voltado para a proteção e acolhimento das mulheres vítimas de violência. Sua atuação nesse campo não apenas ajudou a fortalecer a rede de apoio, mas também abriu portas para uma maior conscientização sobre a necessidade de políticas públicas mais eficazes para combater a violência de gênero.

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