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Angela Maria Fernandes de Oliveira: o legado de uma mulher que fez história

Angela Maria Fernandes de Oliveira: o legado de uma mulher que fez história

Angela Maria Fernandes de Oliveira: o legado de uma mulher que fez história | Reprodução

A evolução política das mulheres em Niterói reflete um processo gradual de conquista de direitos e visibilidade, marcado por avanços importantes nas últimas décadas. Desde a fundação da cidade em 1573, a participação feminina na política foi restrita, com as mulheres limitadas a papéis secundários na sociedade. No entanto, ao longo dos 451 anos de história, a luta por igualdade de gênero e o acesso delas aos espaços políticos foram crescendo. Niterói ganhou um novo nome para entrar na história.

Em 1º de junho de 1943, uma futura estrela nascia no coração de Niterói. Angela, filha de uma niteroiense e um pai português, cresceu nas movimentadas ruas dos bairros de Santa Rosa e Icaraí. O destino lhe destinava uma vida inteira dedicada ao trabalho, à política e à sua paixão irrefreável por Niterói. Angela não veio ao mundo “a passeio”, como ela mesma costumava dizer, mas “a trabalho”.

O começo

Com um espírito incansável, ela se envolveu na política nos anos 80. A primeira grande marca de sua trajetória foi na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989, quando coordenou em Niterói a mobilização eleitoral para o então candidato à presidência. Em 1994, foi eleita Presidenta da APAMAIA (Associação de Pais, Mestres e Amigos do Instituto Abel), onde demonstrou sua capacidade de liderança e de organizar esforços em prol da educação e bem-estar das crianças e jovens de sua cidade.

Angela foi presidente, tesoureira e vice-presidente do PT Niterói, um papel crucial para a consolidação do partido na cidade. Foi Subsecretária Regional de Santa Rosa e Subsecretária de Governo de Niterói, por duas vezes. Em 1998, alcançou um de seus maiores feitos. Assumiu como vereadora suplente, pelo PT de Niterói, durante 23 meses. Se destacou em um ambiente predominantemente masculino, onde as mulheres, na época, eram minoria.

No dia 5 de julho de 2013, a cidade perdeu uma de suas maiores defensoras. Aos 70 anos, Angela faleceu, deixando um legado de lutas e realizações. Em sua homenagem, o mergulhão da cidade recebeu o nome de mergulhão Ângela Fernandes, ligando o Centro à Zona Sul de Niterói, pela Avenida Marquês do Paraná.

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