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Quem é Pipito, apontado como sucessor de Zinho na milícia do Rio

Quem é Pipito, apontado como sucessor de Zinho na milícia do Rio

Foto: Reprodução

Rui Paulo Gonçalves Estevão, ou “Pipito”, é apontado pela polícia como o provável sucessor de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, na liderança da milícia. Zinho foi preso recentemente após se entregar à Polícia Federal. Pipito assumiu o cargo de “zero 2” da maior milícia do Rio após a morte de seu sobrinho, Faustão, sobrinho de Zinho.

Ele é considerado homem de confiança do miliciano e foi responsável por coordenar os ataques a ônibus na Zona Oeste do Rio em outubro deste ano. Esses ataques ocorreram em resposta à morte de Faustão durante uma operação policial em Santa Cruz. Pipito já havia sido preso anteriormente em 2018, mas foi liberado dois anos depois por causa de um benefício de saída temporária durante a pandemia da Covid-19.

Em sua casa, na comunidade de Antares, em Santa Cruz, foram encontradas mais de 100 munições, carregadores de armas de fogo, celulares e objetos de valor. Um mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Tribunal de Justiça, pois ele é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Pipito possui quatro mandados de prisão em aberto e é acusado de homicídio, posse ilegal de armas, ocultação de cadáver e associação criminosa. Em 2017, ele ingressou na milícia, quando Carlinhos Três Pontes era o líder da antiga Liga da Justiça. Depois da morte de Carlinhos, seu irmão, Ecko, expandiu os domínios da organização e, após sua morte também, Zinho assumiu o posto de líder.

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No entanto, essa mudança no comando resultou em rompimentos com antigas alianças, como a de Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, considerado seu principal rival. Zinho controlava a maior parte da Zona Oeste do Rio, enquanto Tandera dominava a Baixada Fluminense. Com a ruptura da aliança, ambos entraram em uma sangrenta guerra por territórios.

Além dos conflitos com outras milícias rivais e facções criminosas, Pipito assumirá o controle de um grupo dividido e cheio de rivalidades internas. Zinho se entregou na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio, após negociações entre seus advogados, policiais federais e a Secretaria de Segurança Pública.

Ainda assim, o miliciano estava foragido desde 2018 e tinha pelo menos 12 mandados de prisão em seu nome. Sua rendição pode ter relação com as investigações da Polícia Federal e Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro sobre a suposta participação de sua organização criminosa com a deputada estadual Lucinha.

Assim, a parlamentar e sua assessora estão sendo investigadas por suas supostas ligações com a organização criminosa. Enfim, Zinho enfrenta seis denúncias do Ministério Público do Rio de Janeiro por homicídios, lavagem de dinheiro, corrupção de policiais e extorsão.

 

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