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Operação da PF mira quadrilha de tráfico interestadual

Operação da PF mira quadrilha de tráfico interestadual

Operação da PF mira quadrilha de tráfico interestadual | Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram, nesta terça-feira (10), uma operação para desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro.

A operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em áreas da Zona Norte do Rio, como Parada de Lucas, Cordovil e Vila da Penha, além de Itaboraí, na Região Metropolitana, e no município de Lima Duarte, em Minas Gerais.

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As investigações começaram em 2021, após a queda de um helicóptero carregado com 164 kg de cocaína em Paraguaçu Paulista, São Paulo, em 20 de maio. Além disso, em 29 de julho do mesmo ano, foram apreendidos 50 kg de cocaína em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ambos os eventos estavam ligados ao mesmo grupo criminoso, segundo apurações da Polícia Federal.

Segundo o Ministério Público, a quadrilha fornecia drogas para a comunidade da Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré, controlada pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).

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O líder da organização coordenava a logística do grupo, incluindo a obtenção de veículos, o recrutamento de “mulas” para o transporte de drogas e a contratação de “batedores” para proteger as cargas. O esquema também envolvia laranjas para ocultar as operações ilícitas e lavar o dinheiro.

A quadrilha movimentou mais de R$ 9 milhões nos últimos anos, lavando o dinheiro por meio da compra de uma fazenda em Minas Gerais e da criação de empresas de fachada. O líder da quadrilha, Robson Martins dos Santos, conhecido como Douglas Castro, foi apontado como o principal fornecedor de drogas para o TCP.

Condenado em 2019 a 14 anos de prisão por tráfico e lavagem de dinheiro, ele fugiu para Lima Duarte, onde adquiriu a fazenda Rochedo. O local servia como base para armazenar e transportar as drogas para a Maré.

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Ao todo, dez pessoas foram denunciadas por envolvimento com o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 7,4 milhões das contas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema. Além disso, um dos acusados teve sua licença para pilotar helicópteros suspensa.

A operação foi batizada de “Queda Livre”, uma referência à queda do helicóptero em São Paulo, que marcou o início das investigações. Na ocasião, Fábio Rosa da Silva e Felipe Chadi Mendes foram presos em flagrante e denunciados pelo Gaeco.

Segundo a Polícia Federal, os crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro podem resultar em penas que, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão.

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