A exposição “Silêncio Subterrâneo” estreou nesta segunda-feira (09), na Câmara dos Vereadores, retratando o vazio e o silêncio das estações de metrô durante o período crítico da pandemia de Covid-19, a partir de março de 2020. A mostra, que utiliza a fotografia como principal meio de expressão, estará aberta ao público no saguão do Palácio Pedro Ernesto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Com o objetivo de provocar uma reflexão sobre a liberdade individual em tempos de crise, a exposição traz imagens de estações praticamente desertas ou com poucos passageiros, retratando um momento em que o confinamento era necessário para conter a disseminação do vírus.
“Silêncio Subterrâneo” convida os visitantes a refletirem sobre as consequências emocionais e sociais do isolamento, destacando a importância da autonomia em meio à vulnerabilidade coletiva.
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Andrea Paccini, fotógrafa responsável pela mostra, explicou que o vazio das estações capturado nas imagens é um reflexo da fragilidade humana em situações de incerteza.
“A ausência de pessoas nos espaços públicos é um lembrete poderoso da vulnerabilidade de nossa liberdade, especialmente em tempos de crise”, afirmou a artista, enfatizando o impacto visual e emocional das imagens expostas.
Segundo Paccini, a ideia central da exposição é gerar um debate sobre o papel da autonomia individual em contextos desafiadores, como o da pandemia.
A exposição também convida o público a considerar como o isolamento forçado alterou a percepção de liberdade e o impacto disso nas relações sociais e pessoais. Ao observar as fotos, os visitantes podem se deparar com a sensação de desamparo e ao mesmo tempo com a resiliência que emergiu durante esse período.
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A proposta de “Silêncio Subterrâneo” é clara: usar o silêncio e o vazio como elementos centrais de uma narrativa visual que destaca a ruptura causada pela pandemia. As fotografias das estações desertas, além de capturarem o impacto da Covid-19 no cotidiano urbano, também servem como metáfora para o isolamento e a solidão vivenciados por milhões de pessoas ao redor do mundo.
A exposição se propõe a discutir questões profundas sobre liberdade e autonomia. As imagens convidam os espectadores a refletirem sobre como, em tempos de crise, essas ideias são reavaliadas e renegociadas.
O vazio dos espaços públicos, retratado nas fotografias, é um símbolo da ausência de interação humana e, ao mesmo tempo, da necessidade de adaptação às novas circunstâncias impostas pela pandemia.