Foto: Marcello Casal Jr – Agência Brasil
O governo federal cedeu uma área próxima à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para a construção do Museu da Democracia. O espaço será dedicado à memória e união dos setores democráticos do país. A iniciativa é uma resposta aos ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. A escolha do terreno para o centro cultural foi resultado de um acordo entre o Ministério da Cultura (Minc) e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU).
O local onde o museu será erguido está situado no setor cultural do Distrito Federal, ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro, na parte norte da Esplanada. Serão investidos R$ 40 milhões provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a realização deste empreendimento.
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Para selecionar o projeto arquitetônico mais adequado, o Minc e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) realizarão um concurso nacional. Após essa etapa, será feita uma licitação para a execução da obra, prevista para começar em 2025.
Conforme comunicado divulgado pelo Minc nesta sexta-feira, o Museu da Democracia não terá nenhuma ligação com partidos políticos. Sua intenção é ser uma instituição cívica e plural, construída em sintonia com todos que apoiam a democracia.
A institucionalização do museu passará por um processo participativo de consultas com especialistas, representantes de coletivos e entidades engajadas em processos culturais e educativos voltados para a valorização da democracia e dos direitos humanos.
Espaço virtual do Museu da Democracia
No dia 8 de janeiro, data que marca um ano dos ataques antidemocráticos, será lançado o repositório do Museu da Democracia. Esse repositório será um espaço virtual destinado à sistematização, organização e disseminação de conteúdos sobre a democracia contemporânea do Brasil.
Além de abrigar um memorial sobre os ataques antidemocráticos ocorridos no ano passado, o repositório servirá como base para uma campanha que busca mobilizar museus e pontos de memória para refletirem sobre seu papel como agentes de um estado democrático e protagonistas de sua própria história.
A iniciativa enfatiza a importância da participação e do envolvimento social na construção de direitos em nível local, conforme explicou o MinC.
