
Morre Francisco Cuoco aos 91 anos, ícone da televisão brasileira | Reprodução/Instagram/@franciscocuocoreal
O ator Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da televisão brasileira, morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela família ao jornal Folha de São Paulo.
Com uma carreira de mais de 60 anos, Cuoco foi protagonista de novelas que marcaram gerações, como “Pecado Capital” (1975), “O Astro” (1977), “Selva de Pedra” (1986) e “O Sétimo Sentido” (1982).
O ator estava internado no Hospital Albert Einstein, onde tratava um ferimento que infeccionou, além de enfrentar complicações de saúde típicas da idade avançada. A família não divulgou a causa específica da morte.
Francisco Cuoco deixa três filhos — Tatiana, Rodrigo e Diogo — além de netos.
Trajetória brilhante
Nascido no bairro do Brás, em São Paulo, Cuoco cresceu em uma família humilde, filho de um feirante italiano e de uma dona de casa. Na juventude, trocou o curso de Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde se formou ator.
Seu talento brilhou primeiro no teatro, passando por grandes palcos como o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete. Na TV, iniciou a carreira na TV Tupi, onde participou de teleteatros e ganhou notoriedade.
Cuoco ficou eternizado na memória dos brasileiros interpretando personagens icônicos, como o taxista Carlão, de Pecado Capital, e o místico Herculano Quintanilha, em O Astro. Ao lado de Regina Duarte, formou uma das duplas mais queridas da dramaturgia nacional.
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Apesar de sempre sonhar com o cinema, sua participação nas telonas foi menor. Destaque para o filme “Cafundó” (2005), ao lado de Lázaro Ramos.
Na vida pessoal, teve três casamentos, incluindo uma relação duradoura com a estilista Thaís Almeida, 53 anos mais jovem.
Mesmo com menos espaço para papéis de protagonistas na fase final da carreira, Cuoco seguiu ativo. Fez participações nas novelas “Salve-se Quem Puder” (2020) e na série “No Corre” (2023).
Em 2021, em entrevista a Pedro Bial, revelou ter enfrentado a depressão durante a pandemia, mas deixou claro que jamais perdeu o amor pela atuação:
“Acho que ainda tenho vigor para isso”, disse na ocasião.