O mundo do samba está de luto. Morreu na noite de quinta-feira (25), aos 77 anos, a lendária carnavalesca Rosa Magalhães. A maior campeã da Marquês de Sapucaí, responsável por transformar o Carnaval em uma verdadeira obra de arte, não resistiu a um infarto.
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Nascida em uma família de artistas, Rosa Magalhães dedicou sua vida à criação e à inovação. Com oito títulos no Carnaval carioca, conquistados em escolas como Império Serrano, Estácio de Sá e Imperatriz Leopoldinense, ela deixou sua marca indelével na história da festa mais popular do Brasil.
Além de sua genialidade nos desfiles, Rosa Magalhães também se destacou como figurinista, cenógrafa e professora de artes. Seus trabalhos foram reconhecidos internacionalmente, rendendo-lhe prêmios como o Emmy de Melhor Figurino e a Ordem do Mérito Cultural.
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Formada pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Rosa Magalhães era uma artista completa. Seus desfiles eram verdadeiras obras de arte, com alegorias exuberantes, fantasias impecáveis e enredos que abordavam temas sociais e culturais de forma poética e crítica.
Além de sua paixão pelo Carnaval, Rosa Magalhães era uma apaixonada por livros e cachorros. Discreta e reservada, preferia a tranquilidade de seu lar aos holofotes. Apesar disso, sua obra fala por si só e continuará inspirando gerações de artistas e amantes do Carnaval.
O velório de Rosa Magalhães será realizado nesta sexta-feira (26), no Palácio da Cidade, em Botafogo, de meio-dia às 16h30. O sepultamento será restrito a familiares e amigos próximos.
Confira os títulos de Rosa Magalhães
1982 – Império Serrano – Bum bum paticumbum prugurundum (com Lícia Lacerda)
1994 – Imperatriz – Catarina de Médicis na Corte dos tupinambôs e Tabajeres
1995 – Imperatriz – Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube lá no Ceará
1999- Imperatriz – Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae
2000- Imperatriz – Quem descobriu o Brasil, foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval
2001- Imperatriz – Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, pernambuco… Quero vê descê o cuco, na pancada do ganzá
2013- Vila Isabel – A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo – Água no feijão que chegou mais um