Coluna Luta Animal - Patrícia NunesColunistasEstado do Rio de Janeiro

Jaguatirica é devolvida ao seu habitat natural no Rio de Janeiro

Jaguatirica é devolvida ao seu habitat natural no Rio de Janeiro

Jaguatirica (Leopardus pardalis) é devolvida ao seu habitat natural no Rio de Janeiro | Divulgação/Inea

Uma história de superação e esperança toma conta da Mata Atlântica. Uma jaguatirica (Leopardus pardalis) fêmea adulta, vítima de atropelamento na BR-393, entre Barra do Piraí e Vassouras, renasce após três meses de recuperação e retorna ao seu lar natural, o Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença. A espécie está ameaçada de extinção.

Do choque ao renascimento: uma luta pela vida

Em fevereiro deste ano, a jaguatirica cruzou o caminho da crueldade humana.  Atropelada em um trecho da rodovia, sequer recebeu socorro de seu algoz. Entretanto, para sua sorte, bombeiros a encontrara agonizante por bombeiros. Com o apoio do Comando de Polícia Ambiental (CPAm), os brigadistas a resgataram do asfalto.

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Eles a levaram gravemente ferida para o hospital veterinário de uma universidade particular. Lá, teve início uma árdua batalha pela sobrevivência. Médicos e técnicos dedicaram seus conhecimentos e amor para salvar a vida do felino.

Após três meses de cuidados intensivos, a jaguatirica se recuperou plenamente. Livre da dor e das marcas do acidente, ela estava pronta para retornar ao seu habitat natural, à sua casa na Mata Atlântica.

Na quarta-feira (24/04), técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram a soltura da jaguatirica nas proximidades do Parque Estadual da Serra da Concórdia. O momento, emocionante, tem especial significado para a proteção da biodiversidade e a preservação da fauna brasileira.

Um chamado à ação

A história da jaguatirica é, sobretudo, um alerta para a fragilidade da vida selvagem e a necessidade urgente de protegermos nossos biomas. Principalmente porque a Mata Atlântica, outrora rica e exuberante, sofre com o desmatamento, a caça ilegal e o tráfico de animais silvestres.

Igualmente, devemos cobrar maior rigor na sinalização e fiscalização de rodovias, voltadas, especificamente, à preservação da vida animal.

Por isso, é fundamental que todos os setores da sociedade se unam na luta pela preservação ambiental. Governos, empresas, ONGs e a população em geral precisam trabalhar em conjunto para garantir a sobrevivência da Mata Atlântica e de todas as espécies que nela habitam.

Jaguatirica é devolvida ao seu habitat natural no Rio de Janeiro

Jaguatirica é devolvida ao seu habitat natural no Rio de Janeiro, a Mata Atlântica | Tânia Rêgo/Agência BRasil

Toda vida importa

Em suma, a história da jaguatirica nos ensina que a esperança nunca morre. Mesmo diante das maiores adversidades, a vida encontra formas de se renovar. Por fim, cabe a nós, humanos, protegermos essa chama da vida e garantirmos que a Mata Atlântica continue a ser um lar para jaguatiricas e demais espécies que têm nela seu habitat natural.

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