Os destroços que restaram de três veículos que se envolveram em um acidente na galeria Prefeito João Sampaio (sentido Charitas) do túnel Charitas-Cafubá muito dizem acerca da gravidade do acidente que parou parte da Zona Sul e Região Oceânica em pleno horário de rush. Se considerarmos que desde sua inauguração, em 2017, a via se tornou uma artéria vital para o fluxo na cidade, podemos chamar o que houve nesta segunda-feira (9) de infarto.
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Os agentes de trânsito da Nittrans, como cirurgiões em meio a uma crise, tentavam controlar a situação. Mas eis que surgiu uma hemorragia de carros nas duas regiões da cidade. Veículos tentavam, em vão, encontrar um desvio., mas o tráfego ficou tão espesso que parecia coagular nas principais artérias da cidade. Principalmente, nas avenidas Quintino Bocaiúva, Silvio Picanço, Raul de Oliveira Rodrigues e na Estrada Francisco da Cruz Nunes.
Após uma operação de emergência pelos Bombeiros, uma faixa de rolamento teve liberação, mas o fluxo sanguíneo do trânsito ainda era lento, gotejando como um coração exausto tentando se recuperar de um ataque brutal. Só por volta das 19h, as veias congestionadas começaram a se abrir, permitindo que o fluxo vital do tráfego voltasse ao seu ritmo normal.
Imprudência na via é constante
Não estamos dizendo que este se trate de um caso de imprudência, imperícia ou negligência, pois esse papel cabe à polícia. Todavia, podemos afirmar que via tem como limite de máximo de velocidade, ao menos em sua sinalização, 60km/h. Entretanto, quem passa por ali bem sabe que, nem sempre (quase nunca), motoristas respeitam essa velocidade.
Ao ver as imagens, a impressão que temos é de que os carros saíram de uma “carnificina mecânica”. Somente quem viveu ou testemunhou o instante em que tudo se desenrolou no local poderá dizer o que houve.
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Por mais que a perícia vá ao local e, adiante, apresente uma versão, espera-se que não haja reincidência. Para isso, alguém precisa fiscalizar as “bandalhas” que acontecem na via, pois motoristas e motociclistas não respeitam limites de velocidade.
Estamos em época eleitoral. Todos os candidatos à prefeitura prometem de tudo, menos fiscalizar o trânsito. Afinal, quem quer um prefeito que multe? Uma prefeitura que autue? Infelizmente, para alguns, esse se trata do único meio de se conseguir respeito.
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