Estátua de Carlson Gracie sendo retirada pela Prefeitura do Rio, após novos atos de vandalismo | Divulgação/Prefeitura do Rio
Dinheiro público escorre pelos dedos cada vez que o vandalismo vence a memória. A estátua de Carlson Gracie é retirada, mais uma vez, do cenário de Copacabana — não por reforma ou celebração, mas pelo abandono urbano.
A escultura, que homenageia o mestre do jiu-jitsu brasileiro, precisou sair da Praça Shimon Peres nesta sexta-feira (30). Técnicos da Gerência de Monumentos e Chafarizes identificaram danos estruturais, pichações e até pinos de drogas espalhados no chão. A placa de identificação foi furtada. Pela segunda vez em uma semana.
Segundo o secretário municipal de Conservação, Diego Vaz, a retirada era inevitável.
“Em uma semana, já é o segundo furto que a gente registra. Dessa vez, bem em frente a uma delegacia de polícia e a poucos metros de um batalhão. Até pinos de droga foram encontrados aos pés desse monumento”, disse o secretário de Conservação, Diego Vaz.
E completou:
“Vamos ter que retirar para reconstruir. Mais um caso de dinheiro público perdido em um ato de vandalismo”, completou.
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O monumento foi inaugurado em 2019 em frente à antiga academia de Carlson, onde o professor deu aulas por mais de 40 anos. Ícone da luta, ele nasceu em 1932, morreu em 2006 e virou lenda do jiu-jitsu mundial. A praça onde estava a escultura deveria ser um ponto de reverência à arte suave — mas virou depósito de descaso.
Este episódio se soma a uma lista de depredações recentes. Na última segunda-feira (27), a Secretaria de Conservação já havia informado que o Chafariz dos Golfinhos, na Praça Paris, também foi alvo de furto. Dez dias após sua reinauguração, parte da fiação elétrica e uma das bombas hidráulicas desapareceram.
