Na última segunda-feira (11), Laís Sant’Anna Soares, esposa do deputado federal e ex-candidato à Prefeitura de Niterói Carlos Jordy, fez declarações para lá de polêmicas sobre mulheres com posturas feministas. O assunto surge em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, sobre a proibição do aborto no Brasil, incluindo casos hoje já previstos em lei. O tema é pauta desta terça-feira (12) da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara Federal. A PEC altera o artigo 5º da Carta Magna para que o direito à vida passe a ser considerado desde a concepção.
“Vocês já repararam que o feminismo gasta uma energia absurda pra tentar defender a morte de bebês, quando na realidade deveria defender a vida? E essas mulheres, elas adoram aquela famosa frase: meu corpo, minhas regras. Só que isso é uma ignorância, porque veja só, quando a mulher está grávida, a criança é o agente ativo e a mãe o passivo. Em outras palavras, a mulher não fica com quatro braços, quatro pernas, dois corações, dois olhos. Na verdade, a única coisa que separa o bebê da mãe é a placenta. E é por isso que eu digo que o conhecimento e o posicionamento são libertadores. E será somente através disso que nós iremos conseguir fazer com que todos esses absurdos parem de ser normalizados, porque se tornaram comuns, mas não tem nada de normal”, declarou Laís.
A esposa do deputado cita ainda, em sua fala, a PEC 164, pedindo que a população pressione os deputados.
“Essa semana será votado no Congresso a PEC 164, que prevê o marco constitucional que protege o direito à vida desde a sua concepção. E vocês podem ajudar pressionando os deputados a votarem a favor. Inclusive eu vou deixar aqui o link da petição pra que vocês possam assinar e fortalecer essa luta”, concluiu Laís.
Detalhes da PEC
A PEC 164, proposta em 2012, é de autoria do então deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ). Ele propõe que as garantias da inviolabilidade do direito à vida sejam estendidas aos fetos. Com isso, abortos em casos de estupro, anencefalia ou risco de morte à gestante estariam proibidos. Procedimentos como fertilização in vitro serão englobados pelo texto e pesquisas com células-tronco também devem ser descontinuadas.