Da Glória Eterna à demissão | Lucas Merçon/Fluminense
Por que razão Fernando Diniz caiu depois de ter perdido um Fla-Flu, por 1 a 0, após um lance no mínimo discutível, depois de sobreviver a uma derrota, de virada, para o Atlético Goianiense em pleno Maracanã?
Por que Fernando Diniz teve sua demissão praticamente festejada por uma torcida que há menos de seis meses chateou-se, mas não colocou na sua conta a goleada sofrida diante do Manchester City, no Mundial de Clubes?
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Não é frase feita, longe disso, mas não é apenas futebol. Não são apenas resultados.
Esqueçam as estatísticas, o número de jogos, a quantidade de vitórias, o número de empates, a proporção das derrotas – aumentada nos últimos tempos, é bem verdade.
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Fernando Diniz conduziu o Fluminense à Glória Eterna. Fernando Diniz fez os tricolores chorarem de alegria no dia 4 de novembro de 2023 depois de, há anos, terem chorado de tristeza.
Não, não é apenas futebol. Não são apenas resultados. É emoção, é energia, é vida!
Fernando Diniz deixa agora o Fluminense em baixa. Leva consigo, porém, o carinho de todos os tricolores.
Se ele várias vezes afirmou, sorridente, “Vitória, Fluminense”, os tricolores, pelo menos os mais sensíveis, dizem, com um tanto de tristeza, mas com muita sinceridade “Vitória, Diniz… E muito obrigado por tudo”.
No momento que este texto está sendo escrito pouco se sabe, realmente, sobre a demissão.
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Falam que o Fluminense deverá pagar uma multa de uns R$ 7 milhões porque ele, Diniz, queria continuar. Ainda enxergava condições de mudar o cenário tenebroso destes últimos dias.
Curiosa toda essa situação, não é mesmo? O Fluminense vem mal no Brasileiro desde a primeira rodada (já são 11), mas como mesclava a competição nacional com a Libertadores, na qual está invicto, passou para a segunda fase com a quarta melhor campanha entre 32 participantes, é um dos candidatos ao título, talvez não houvesse tempo para pensar na situação no Brasileiro.
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Agora, o novo treinador terá (pouco) tempo para resolver o Fluminense no Brasileiro e preparar o retorno à Libertadores, em agosto, contra o Grêmio – onde Renato Portaluppi já colocou seu cargo à disposição e afirma não querer multa rescisória.
Não é só futebol. Não são apenas resultados. Não se pode negar, porém, que mesmo a gratidão sucumbe no futebol.
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Ah… Não dá para esquecer a rasteira que a CBF deu em Diniz quando o demitiu, mesmo tendo falado que ele seria um interino até a chegada do italiano Ancellotti. Desde ali Diniz perdera um pouco do brilho no olhar.
Talvez por ter se sentido traído. O que efetivamente não aconteceu agora, no Fluminense.
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Diria, até, que a relação afetuosa entre Diniz e o tricolor prolongou por um tempo, talvez desnecessário, sua presença no clube das Laranjeiras.
Que as suas ideias frutifiquem; que o Fluminense se reencontre; que Diniz saiba admitir que também errou.
