Sequestro de ônibus na Muzema aumenta tensão na Zona Oeste | Reprodução/Redes Sociais
Na madrugada desta quarta-feira (23), criminosos sequestraram mais ônibus na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pelo menos três veículos foram usados como barricadas para bloquear a Estrada do Itanhangá. O episódio repete a série de ações criminosas que, na última semana, envolveu mais de dez veículos. Em resposta, a Polícia Militar reforçou o policiamento na região.
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Desde a última quarta-feira (16), as linhas de ônibus que passam pela Muzema enfrentam desvios diários em seus itinerários. Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas, este novo ataque eleva para 147 o número de coletivos sequestrados na região nos últimos 12 meses. A entidade destacou a necessidade urgente de ações mais efetivas das autoridades para garantir o direito de circulação dos cidadãos, prejudicado pela insegurança.
Equipes do 31º Batalhão da Polícia Militar (Recreio dos Bandeirantes) foram acionadas para liberar os ônibus atravessados e aumentar o patrulhamento na comunidade. Apesar da tensão, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que as escolas da rede pública da região funcionam normalmente nesta quarta-feira.
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A Zona Oeste do Rio vive dias de extrema violência com a disputa territorial entre milicianos e membros do Comando Vermelho (CV) pelo controle da comunidade da Muzema. Desde a última semana, a circulação de ônibus tem sido afetada por frequentes confrontos entre as facções.
Na quarta-feira passada (16), nove ônibus foram sequestrados e posicionados como barricadas entre as comunidades da Tijuquinha e Muzema. Durante uma operação policial na região, houve confronto armado e um agente foi baleado. No dia seguinte (17), novos ataques ocorreram, com mais dois coletivos sendo usados como bloqueios na estrada.
Imagens que circularam nas redes sociais no último sábado (19) mostram um grupo de cerca de 25 criminosos portando fuzis na Muzema. A Polícia Militar informou que o material está sob análise pelo setor de inteligência. Na última segunda-feira (21), a comunidade voltou a viver momentos de terror, com tiroteios que interromperam a circulação de mais de 190 ônibus pela manhã.
