Operação para demolição de imóveis de luxo continua na Maré | Divulgação/Seop
Na manhã desta terça-feira (20), a Polícia Civil e a Secretaria de Ordem Pública deram continuidade à operação de demolição de um condomínio de luxo com mais de 40 imóveis construídos ilegalmente no Parque União, Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. Este é o segundo dia seguido de ações voltadas para desmontar as estruturas erguidas pelo crime organizado na região.
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O Instituto Fogo Cruzado registrou disparos na área por volta das 6h40, destacando a tensão que acompanha as operações. Esta ação faz parte da quarta fase das investigações que visam desmantelar esquemas de lavagem de dinheiro vinculados ao tráfico de drogas.
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) aponta que a construção e abertura de empreendimentos na comunidade têm servido como meio de escoar o capital gerado pelo comércio de entorpecentes. As investigações também identificaram a participação de funcionários de órgãos públicos no esquema.
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Devido à localização dos imóveis e a proximidade com outras construções habitadas, a demolição está sendo realizada manualmente, com o apoio da Polícia Militar.
Até o momento, 11 prédios, totalizando cerca de 70 unidades, foram demolidos. Engenheiros da prefeitura estimam que o prejuízo causado aos responsáveis pelas obras gira em torno de R$ 30 milhões.
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Eles também tentaram bloquear a Linha Vermelha, mas foram contidos pela polícia. Na mesma operação, as autoridades apreenderam mais de 800 kg de drogas, uma carabina, duas pistolas, além de material proveniente de roubos de cargas.
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Dessa forma, a operação ainda revelou imóveis de luxo que eram utilizados por traficantes, incluindo duas coberturas avaliadas em R$ 5 milhões, uma delas com piscina de 40 mil litros, acabamento de alto padrão e vista privilegiada para a comunidade.
Além disso, outras construções incluíam um quadriplex com jacuzzi, closet e uma piscina com cascata. Assim, a maioria dos imóveis estava desocupada e em fase de alvenaria, sem qualquer autorização da Prefeitura ou responsável técnico.
Por fim, as operações na Maré também expuseram uma estratégia dos criminosos, que colocavam pessoas em algumas unidades habitacionais para fingir que eram moradores, na tentativa de impedir ou dificultar as demolições.
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