Em noite de festa e batuque, a Unidos do Viradouro convida toda sua comunidade para celebrar 78 anos de glórias e, dessa forma, escrever mais um capítulo memorável em sua história. Nesta segunda-feira, dia 24 de junho, a quadra da vermelho e branco de Niterói se transforma em um verdadeiro quintal familiar, onde comunidades, e torcedores e amantes do carnaval se reúnem para cantar, dançar e reviver os momentos mais marcantes da agremiação.
A festa de aniversário da Viradouro promete ser inesquecível! A partir das 15h, a quadra abre suas portas para receber a comunidade com muita música, jogos e confraternização.
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Conforme a programação divulgada nas redes sociais da escola, acontecerão torneios de sueca, totó, ping-pong, buraco e sinuca vão colocar todo mundo no clima da folia, enquanto o tradicional futebol promete acirradas disputas entre os componentes da escola.
Para animar ainda mais a festa, o Projeto Nosso Samba e o DJ Fernando Falcão garantem um repertório que vai animar a galera sambar até altas horas.
Fé e Tradição
Às 18h, a emoção toma conta da quadra com a missa em homenagem aos 78 anos da Unidos do Viradouro. Um momento de fé e reflexão para agradecer as conquistas alcançadas e pedir proteção para os próximos desafios. A escola, que tem São João Batista como padroeiro, celebra a data em sintonia com a festa do santo, reforçando a ligação entre a fé e a tradição carnavalesca.
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Preparando-se para 2025
Enquanto a festa embala a noite, a Viradouro já se prepara para novos voos. A campeã do carnaval carioca de 2024 segue firme na busca pelo bicampeonato, desta vez com o enredo “Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos”. A disputa de sambas-enredo está prevista ter início em dia 17 de agosto, prometendo acirrar a disputa pela trilha sonora que levará a vermelho e branco para a Sapucaí em 2025.
Da Fundação à Glória Eterna
Em 1946, no quintal de Nelson dos Santos, o “Jangada”, um sonho grandioso tomava forma: a Unidos do Viradouro nascia. Desde então, a escola trilhou um caminho de conquistas e superação, tecendo sua história com fios de paixão, talento e dedicação. Destacou-se no carnaval de Niterói, na época o segundo maior do Brasil, mas após conquistar 18 campeonatos na cidade, passa a desfilar no Rio de Janeiro.
Desse modo, do berço em Santa Rosa à ascensão ao Grupo Especial, a Viradouro coleciona títulos, sucessos, sambas inesquecíveis e apresentações que marcaram para sempre a história do carnaval carioca.
Era Monassa
Renovada, reestruturada e sob o comando de José Carlos Monassa Bessil, em 1991, a Viradouro estreou no Grupo Especial carioca com um desfile arrebatador em homenagem à atriz Dercy Gonçalves. Apesar de ter pontuado em 4º lugar, caiu para 7º nos critério de desempate. Todavia, naquela ocasião, já havia mostrado seu potencial.
Logo em seu segundo ano, apresenta suas credenciais de superpotência do carnaval, com o memorável desfile em homenagem ao povo cigano. Entretanto, um incêndio ceifaria suas pretensões mais do que justas de campeonato naquele ano.
O primeiro grande resultado acontece em 1994, quando a escola investe na contratação de Joãosinho 30, bem como do saudoso intérprete Rico Medeiros. A escola briga de igual para igual com Imperatriz e Salgueiro, mas o terceiro lugar lhe garante seu primeiro de muitos retornos ao desfile das campeãs no grupo especial.
E da chegada ao especial até o primeiro campeonato foram apenas 7 carnavais. Em 1997, não houve dúvida alguma: com a genialidade de Joãosinho 30, e Viradouro explodiu um Big Bang de alegria na Sapucaí. Daquele ano em diante, até 2004, a Viradouro disputou todos os títulos e retornou sempre no desfile das campeãs.
O brilho no olhar voltou
Infelizmente, em 2005, a Viradouro perde seu líder, com o falecimento de José Carlos Monassa. Surge um vácuo de poder na agremiação, que oscila entre bons resultados iniciais mas que tem como desfecho seu cruel rebaixamento, em 2010, tal como sucateamento de sua estrutura e endividamento, que se tornam públicos após a renúncia do presidente na época, Marco Lira.
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Mesmo com o carismático compositor Gusttavo Clarão assumindo a presidência entre 2011 e 2017, a Viradouro viu-se em grandes dificuldades. Até a chegada da família Kalil, quando a escola deu novo salto profissional, por meio da gestão de Marcelinho Calil Petrus Filho, sob liderança de seu pai, Marcelo Calil Petrus.
Assumiram a Viradouro praticamente falida, mas devolveram à agremiação a dignidade e o orgulho. Os resultados logo vieram. Em 2018, a agremiação conquista o título no grupo de acesso, ao passo que em 2019, é vice-campeã do Grupo Especial.
O segundo campeonato na elite veio em 2020. Terceira colocada em 2022, vice-campeã novamente em 2023, conquistou o terceiro título em 2024. Assumiu a liderança do ranking da Liesa e profissionalizou todos os seus departamentos de carnaval.
Portanto, há muitos motivos para comemorar. Afinal, Viradouro celebra 78 anos em que os momentos turbulentos foram superados com amor, paixão e união de todos que jamais perderam a fé no padroeiro São João Batista.
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