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Uerj retoma aulas após desocupação de prédio no Maracanã

Uerj retoma aulas após desocupação de prédio no Maracanã

Uerj retoma aulas após desocupação de prédio no Maracanã | Reprodução

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou a retomada das aulas no campus Maracanã, nesta terça-feira (24), após a desocupação do prédio João Lyra Filho, ocupada por estudantes desde julho. O movimento estudantil protestava contra cortes em benefícios estudantis, e a desocupação ocorreu na última sexta-feira (20), com a presença de policiais militares do Batalhão de Choque.

Segundo a Uerj, o prédio sofreu diversos danos materiais, como a quebra de paredes, portas e pias, além de depredação de móveis. Também foram violados computadores, de onde foram retirados discos rígidos contendo dados pessoais e de pesquisas importantes. A universidade informou que abriu uma sindicância para apurar os responsáveis pelos danos e pelo sumiço dos HDs.

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A Polícia Civil realizou perícia no local no sábado (21) e segue com as investigações para calcular os prejuízos ao patrimônio da universidade. Uma nova perícia complementar está prevista para ocorrer ainda esta semana.

Na sexta-feira, durante a desocupação, três estudantes e o deputado federal Glauber Braga (Psol), que apoiava o protesto, foram detidos. Após serem encaminhados à Cidade da Polícia, foram liberados por volta das 22h, enquanto outros manifestantes faziam vigília pedindo a liberação do grupo.

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A desocupação do campus foi determinada após uma audiência de conciliação entre estudantes e representantes da Uerj, que terminou sem acordo. A pauta da reunião discutia as mudanças nos critérios de concessão de bolsas e auxílios estudantis. No entanto, segundo a Uerj, estudantes “mais radicalizados” interromperam o diálogo utilizando instrumentos de percussão.

No dia 17 de setembro, a juíza Luciana Losada, da 13ª Vara de Fazenda, concedeu uma liminar, solicitada pela universidade, ordenando a retirada dos alunos. A magistrada argumentou que a ocupação estava prejudicando o ensino na instituição e que havia provas de que era indevida.

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Os protestos começaram em julho, em oposição ao Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024), que alterou os critérios para a concessão de benefícios estudantis. As mudanças incluem a substituição do auxílio-alimentação por refeições gratuitas no bandejão, além de uma redução de 50% no auxílio para material didático, que era de R$ 1,2 mil semestrais.

Estudantes relatam que cerca de 5 mil alunos perderão os benefícios devido às novas regras. Além disso, denunciam atrasos nos pagamentos dos auxílios. Segundo os manifestantes, a atual reitoria havia se comprometido, antes de eleita, a manter os benefícios, mas a Uerj afirma que 2,8 mil alunos ainda estão aptos a recebê-los.

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