Na última sexta-feira (27), a sabatina promovida pelo portal Folha do Leste na Câmara de Vereadores de Niterói, às 17h, trouxe a deputada federal Talíria Petrone para uma rodada de perguntas com jornalistas especializados. A candidata respondeu a uma série de questionamentos sobre seus planos de governo, caso eleita prefeita de Niterói.
+ LEIA TAMBÉM: ►São Gonçalo oferece vagas de emprego; Como se candidatar
Entre os temas abordados na sabatina, esta matéria traz à tona os pontos relacionados à cultura e economia criativa, dois pilares que Petrone afirma serem essenciais para a revitalização e projeção da cidade em âmbito internacional.
Proposta de Transformação Cultural
Questionada pela Folha do Leste sobre como faria de Niterói um polo cultural, a deputada federal destacou a importância de dar visibilidade aos artistas locais. Ela apontou como proposta a criação de estúdios públicos e teatros comunitários, afirmando que tais espaços são fundamentais para fomentar a produção cultural e valorizar os artistas da cidade.
“A cidade merece andar para frente e ser protagonista no cenário cultural mundial”, afirmou, ressaltando que o potencial artístico de Niterói precisa ser melhor aproveitado.
Petrone também foi indagada sobre os recursos financeiros que sustentariam tal projeto ambicioso. Em resposta, ela defendeu um aumento significativo do orçamento municipal destinado à cultura, assegurando que esses recursos seriam aplicados na criação de oportunidades para artistas e trabalhadores do setor. Atualmente, o orçamento destinado à cultura representa uma pequena fatia do total, e a candidata afirma que, com a devida alocação, o retorno econômico e social será visível em pouco tempo.
Moeda Arariboia: Impulsionando a Economia Criativa
Um dos pontos abordados por Talíria é a proposta de uso da moeda social Arariboia para a cultura. Perguntada sobre como isso funcionaria em Niterói, a candidata explicou que o objetivo é movimentar a economia criativa e beneficiar pequenas empresas e trabalhadores autônomos do setor cultural. A moeda social circularia principalmente entre famílias de baixa renda e servidores públicos, criando um ciclo virtuoso de investimentos em negócios locais.
+ MAIS NOTÍCIAS DE NITERÓI? CLIQUE AQUI
A implantação da moeda social gerou curiosidade na sabatina, com jornalistas questionando como isso se aplicaria de forma prática na cidade. Talíria explicou que o modelo de Maricá serve de inspiração, mas seria adaptado à realidade de Niterói, onde o setor cultural tem potencial para se tornar uma grande fonte de renda e identidade.
“Os 2% do orçamento municipal destinado a área da cultura são ineficientes. “São apenas 0,02% em empregos formais para artistas locais. É possível ter uma moeda Arariboia para arte.” Afirmou
Complexo Cultural e Turismo
Ainda respondendo sobre o fomento ao turismo cultural, Petrone criticou a falta de um complexo cultural bem estruturado em Niterói e disse que é inadmissível que uma cidade com tanto potencial para o turismo ainda não tenha explorado essa área de maneira ampla.
“Por que Niterói não tem um fomento ao complexo cultural? Temos tanto potencial para o turismo e cultura, e precisamos maximizar isso”, ressaltou.
Dados oficiais:
De acordo com dados de um relatório da Secretaria de Turismo de Niterói, a cidade recebe cerca de 700 mil turistas por ano, muitos dos quais visitam por causa de atrações culturais e históricas, como o MAC e o Caminho Niemeyer. A ampliação desse fluxo depende, segundo a candidata, de maior investimento em infraestrutura e visibilidade para eventos e festivais locais.
A prefeitura indica que a economia criativa já contribui com aproximadamente 2,5% do PIB local, especialmente nas áreas de turismo e eventos, e a candidata aposta no fortalecimento dessa área para aumentar a participação no orçamento geral.
Inclusão Social e Cultura
Por fim, a deputada destacou que seu plano de cultura também prevê a inclusão de bairros periféricos na agenda cultural da cidade. Questionada sobre como lidaria com as disparidades regionais, Talíria foi enfática ao afirmar que “a cultura precisa chegar a todas as áreas de Niterói”. Ela defendeu que as iniciativas culturais devem ser descentralizadas, permitindo que as comunidades das áreas mais vulneráveis tenham acesso às produções artísticas.
A candidata terminou reforçando que suas propostas para a cultura e a economia criativa visam não apenas fortalecer a identidade da cidade, mas também gerar oportunidades de desenvolvimento econômico.
“Vamos fazer de Niterói um polo cultural mundial, sem deixar ninguém para trás”, concluiu.