São Gonçalo: Homem-morcego embarca no Bat-móvel da PM para pagar dívida de sangue com a Justiça

São Gonçalo: Homem-morcego embarca no Bat-móvel da PM após confronto a tiros para pagar dívida de sangue com a Justiça | Arte: Folha do Leste/fotos: divulgação

Em São Gonçalo, a nova Gotham do Leste Fluminense, o Batman não defende a justiça, mas a desafia. O Batman da atualidade, batizado Adriano Henrique Santos de Queiroz – Adrianinho, 33 anos, caiu nas garras da lei na noite de quinta-feira (17), em São Gonçalo. Envolvido com o tráfico, com sangue nas mãos e uma ficha policial tão grande como roteiro de série criminal, o anti-herói foi capturado na comunidade da Amendoeira.

Com ele, “Coringa, Pinguim e Charada” — codinomes criados para os outros três suspeitos — também foram detidos após um tiroteio. A polícia não precisou do Bat-sinal. Bastaram informações do Disque Denúncia e um faro bem treinado para identificar a Bat-caverna dos vilões.

Antes de colocar as pulseiras e embarcar no bat-móvel da PM algemado algemado, o criminoso, ligado ao Comando Vermelho, reagiu com tiros. Mas o confronto durou pouco. Policiais do 7º BPM (São Gonçalo), com apoio do Serviço Reservado, invadiram o local e neutralizaram a resistência. No esconderijo, encontraram um arsenal de drogas: 200 papelotes de maconha, 150 pedras de crack e 245 cápsulas de cocaína.

Homem-morcego embarca no Bat-móvel da PM, em São Gonçalo, para pagar dívida de sangue com a Justiça| Divulgação/Disque Denúncia

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Na Delegacia de Rio do Ouro, a 75ª DP, havia um recado prévio da “Liga da Justiça”: um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Três Rios em desfavor do morcego. Conforme investigações da comarca daquela localidade, Adriano acusado teria participado do assassinato de Everton Fraga Damasceno, 26 anos. Nesse sentido, ainda com uma grave circunstância qualificadora. Ele teria alvejado a vítima pelas costas, após uma discussão numa festa junina em 7 de julho de 2024.

Mulher Foragida

Segundo os autos, teria ocorrido em conjunto com outros criminosos, incluindo uma mulher que segue foragida. A vítima executada sem chance de defesa. A acusação inclui homicídio qualificado, homicídio simples e fato atípico.

Agora, a Bat-caverna do criminoso agora se resume à cela fria da prisão. Sem Robin, sem Alfred. Sem visitas, mas com longa permanência. Detalhe sórdido: Adriano já usou o um outro nome: Alexandre Henrique Santos de Queiroz. Ele ostenta condenações por homicídio, assim como roubo, furto, corrupção de menores e tráfico. Em 2016, já havia sido sentenciado a oito anos de cadeia.

Enquanto isso, o “mundo do crime” segue orbitando em São Gonçalo, o que deveria servir como advertência para o poder público. Assim como o traficante “Rabicó”, que em nome do TCP, ainda reina por lá. Por enquanto, pois se quiser, pega, prende, rastreia. Ou não pega?

Contraditório

A todas as partes citadas nessas reportagem, asseguramos a qualquer tempo o direito ao contraditório, através do e-mail contato@folhadoleste.com.br. São não o fizemos até então foi porque não tivemos acesso a parte, ora presa, tampouco a seus patronos.