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Rodoviários de Niterói: tendência é de greve

Rodoviários de Niterói estão em "tendência de greve", diz sindicato

Foto: Divulgação – Prefeitura de Niterói

Segundo Rubens Oliveira, presidente da entidade, os trabalhadores estão insatisfeitos com a falta da reposição das perdas salariais ocorridas nos últimos anos.
“Há uma tendência forte na categoria à greve, mas também é importante destacar que esse movimento só ocorrerá a partir das assembleias, que serão convocadas para as negociações salariais de novembro. Quem decide a paralisação é o trabalhador, não o sindicato”, disse.
Os rodoviários reivindicam que em todas as políticas públicas do setor, ocorra, por força de lei, a fixação da reposição inflacionária, em seus salários, dos últimos 12 meses anteriores à data-base.
“A partir daí, as negociações em torno da Convenção Coletiva de Trabalho passam a ser sobre um percentual de aumento real para a categoria. É preciso deixar claro que os rodoviários já deram uma cota de sacrifício enorme durante a pandemia e, agora, não estão mais dispostos em ficar fora das discussões sobre o setor e nem mesmo acumular perdas salariais”, acrescentou Oliveira.

Subsídios são “trocar seis por meia dúzia”

Os trabalhadores do setor  não se empolgaram com a proposta das empresas, através do sindicato que as representa (Setrerj), para que a Prefeitura passe a subsidiar o setor. Para os profissionais, a medida seria “trocar seis por meia dúzia”.
Rodoviários de Niterói estão em "tendência de greve", diz sindicato

Sede do Sintronac – Foto: Reprodução/Google

“Na linguagem popular, é trocar seis por meia dúzia, pois o que interessa para a categoria é a reposição das perdas salariais e uma negociação saudável com as companhias para que os trabalhadores recebam um percentual de aumento real em sua data-base, que é 1º de novembro”, disse Rubens Oliveira, presidente do Sintronac.

Passageiros também reclamam

Após a reportagem do FOLHA DO LESTE, na qual o Setrerj propôs a adoção do sistema de subsídios, usuários de ônibus se manifestaram. A maioria reclamou da atual condição do sistema.
Segundo o Setrerj, houve redução de frota, provocada pela pandemia da Covid-19 e a alta do óleo diesel. Kátia Mendes, que utilizava as linhas 43-1 e 43-2, que estão entre as mais afetadas pela medida, reclamou da falta de coletivos.
“A pandemia foi a desculpa perfeita pra retirar linhas de circulação. O 43-1 da Ingá, que faz o trajeto Icaraí – Fonseca  – Centro, foi extinto. A linha 43-2, que circula no sentido contrário, só tem dois horários pela manhã e três no final da tarde. Ou seja quem trabalha ou estuda de noite não tem condução. A questão é a mesma de sempre: os empresários só visam o lucro. Niterói tem a passagem municipal bem cara. Deveria oferecer pelo menos um serviço de qualidade”, esbravejou.
A empresa Ingá, que opera as linhas 43-1 e 43-2, também foi alvo de Bruno Leonardo Abreu, morador do Fonseca. Ele denuncia que, apesar da redução da frota nas ruas, a companhia está ampliando suas instalações.
“Como está em crise se a Ingá, por exemplo, a toda hora está expandindo sua garagem? São três andares lotados de ônibus. De que adianta ter tantos ônibus se existem poucos rodando? Pegar ônibus na Alameda ou para a Alameda depois das 21h virou um verdadeiro suplício, isso em dia de semana, imagina no fim de semana… Isso não é ‘crise’, é falta de vergonha na cara e desrespeito à população”, pontuou.
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