Paris de ouro, prata e bronze
Reta final | Chesnot/Getty Images
Falta menos de um mês para a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Últimas vagas sendo conquistadas pelos atletas que sonham com o ouro olímpico; expectativa sobre favoritos; e, principalmente, muita curiosidade sobre como serão as cerimônias de abertura e encerramento, sempre das maiores atrações de uma Olimpíada.
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Em Paris ainda há até a incerteza sobre onde será a abertura. O plano A (oficialmente único) é que as delegações naveguem pelo Sena, em barcos, com o público nas margens. Na teoria, apenas isso.
Só que cerimônia que se preza não fica apenas num desfile, não é mesmo?
O FOLHA DO LESTE descobriu que pelo menos três mil pessoas participarão dos quatro eventos (cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos). Sem contar com os atletas, claro.
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Na maioria dos casos, são bailarinos, profissionais ou voluntários, que estão ensaiando há quase um ano, cerca de oito horas por dia. Detalhe interessante: não há um ensaio geral, até agora. Faz lembrar até o desfile das nossas escolas de samba, onde, com exceção do ensaio técnico, ninguém sabe com quem irá desfilar – e, mesmo assim, sem as fantasias e carros alegóricos.
Participantes do mesmo evento ensaiam em locais distintos, sabendo apenas o que vão fazer individualmente, sem noção total do coletivo. Tudo para que o segredo seja mantido.
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Uma semana antes, ou seja, lá pelo dia 20 de julho, aí sim haverá um ensaio geral onde todos irão “se conhecer” e saber, digamos, exatamente, o que cada um vai fazer no todo.
Como a intenção é a utilização do Sena, estudos das marés, dos ventos, da capacidade das pontes que atravessam o rio, vêm sendo realizados de forma incessante para evitar qualquer tipo de erro. Até mesmo a possibilidade de uma chuva torrencial vem sendo avaliada, bem como as opções para que tal condição climática não estrague a festa.
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Voltando a comparar com o nosso desfile, existem fortes rumores que parte dos dançarinos estará misturada com o público, nas margens, convocando a todos para participarem unidos das cerimônias – mais ou menos como fez a comissão de frente da Mocidade Independente, neste ano.
Como os barcos funcionam durante todo o dia para atender aos turistas que visitam a capital francesa, todas as atividades que envolvem os transportes só podem ser realizadas de madrugada. E há um forte esquema de segurança para evitar que algo seja descoberto. A grande preocupação é cronometrar precisamente o tempo que cada barco levará entre uma ponte e outra, o que faz prever atividades envolvendo essa sinergia.
Uma coisa é certa: todos os monumentos que compõem os arredores serão utilizados, transformando o espetáculo em um grande show para a televisão.
Quinta-feira é dia
Decidiu “partir Paris” para ver os Jogos, mas ainda não comprou ingresso?
Pois fique sabendo que toda quinta-feira uma nova leva de bilhetes é colocada à disposição dos amantes do esporte que desejam viver a emoção de uma Olimpíada.
E não pense que são apenas aqueles bilhetes caríssimos, não. A organização se comprometeu a oferecer ingressos a partir de 24 euros para que todos possam sentir o chamado espírito olímpico – obviamente as sessões com disputa de medalha, em especial no atletismo, na natação e na ginástica estão bem longe deste valor.
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Para nós o horário é meio ingrato: como a Europa vive seu “horário legal” (nome deles para o horário de verão), se você estiver interessado deve se programar para acordar às 5h da manhã e ver se alguma coisa te interessa.
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Um detalhe importante: os hotéis estão caros, mas não nos valores que todos esperavam (ao sentirem que os turistas recuaram, os empresários também seguraram um pouco sua ganância).
Ainda estão disponíveis, por exemplo, ingressos a partir de 15 euros para ver a seleção feminina de futebol, contra a Nigéria – só que em Bordeaux.
