Durante a Copa do Mundo de 2022, no Qatar, apenas uma vez as ruas de Doha foram tomadas por torcedores qataris para festejar uma vitória: foi quando o Marrocos garantiu sua presença nas semifinais do Mundial ao derrotar Portugal por 1 a 0, no estádio Al Thumama. Sem muito o que comemorar com sua seleção, os donos da casa assumiram a simpática seleção africana e toda a sua história de superação para comemorar.
Agora, o Qatar é a sede da Copa da Ásia. E nesta quarta-feira as ruas de Doha mais uma vez viraram passarela de festa – desta vez, porém, com ar local. O Qatar derrotou o Irã por 3 a 2 e irá decidir o torneio, neste sábado, contra a Jordânia – uma grande surpresa. Não custa lembrar que o Qatar luta pelo bi, afinal de contas, em 2019, quando preparava seu time para o Mundial, venceu a copa continental realizada nos Emirados Árabes batendo o Japão.
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Quem viu (e lembra) das atuações do Qatar na Copa do Mundo deve perguntar o que aconteceu com o time. Não é difícil responder: jogando contra seus rivais continentais, os qataris (incluam aí todos os jogadores que são naturalizados, por favor) não se veem menores. Jogam de igual para igual e partem para cima. E contando com o apoio da fanática torcida, que não para de cantar um só instante, as coisas funcionam.
Falando assim, e levando-se em conta que a Jordânia chega à primeira final em sua história, seria fácil dizer que o Qatar é o favorito. Não, não é. Ou melhor, até tem mais chances de vencer, mas para isso precisará, antes de mais nada, entrar em campo sem a obrigação da vitória – coisa que, neste momento, está com os jordanianos. O Qatar, se for bi, repetirá um feito de Coreia do Sul, Irã (chegou a ser tri seguido) e Arábia Saudita.