Na manhã desta terça-feira (26), o Movimento Comunitário de Niterói (MCN) realizou uma manifestação contra a empresa Enel, em Niterói. O protesto aconteceu em frente à loja da empresa, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro da cidade. O ato reuniu, dezenas de pessoas, sobretudo cansadas com o descaso que a concessionária demonstra em sua relação com os consumidores niteroienses.
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A discordância dos consumidores com a falta de eficiência da Enel é tamanha que a principal reivindicação de todos é pela saída da companhia da cidade. Os gritos de “fora, Enel” marcaram o protesto. Além disso, clamavam por respeito e atendimento. Igualmente, pela implantação de tarifas sociais em comunidades.
A indignação coletiva se dá, principalmente, por conta das constantes falhas no fornecimento de energia, com uma absurda demora. Por vezes, o restabelecimento supera 24 horas, ao passo que isso resulta em diversos prejuízos à população.
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Lideranças comunitárias como Adriano Felício, presidente do MCN, e Amâncio dos Santos, presidente da Federação das Associações de Moradores do Município de Niterói, não pouparam críticas à Enel.
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Eles reforçaram que a má qualidade dos serviços prestados pela Enel causa diversos transtornos à população. Por exemplo, perda de alimentos e medicamentos, interrupção de tratamentos de saúde e até mesmo risco de morte.
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Fabiano Gonçalves, vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores de Niterói que investiga a Enel, também apoia o movimento.
“Você não consegue falar absolutamente com nenhum ser humano. Ninguém te dá ouvidos. Isso é um descaso. Nós, da CPI da Enel, na Câmara Municipal, estamos denunciando esse absurdo. Isso não pode continuar. Essa empresa tem que ir embora”, disse o Vereador Fabiano Gonçalves, vice-presidente da CPI da Enel.
Em nota, a concessionária emitiu sua posição com relação ao protesto.
A Enel Distribuição Rio informa que o líder do Movimento Comunitário de Niterói foi recebido pelo gestor de Lojas da distribuidora após a manifestação. Ao ser questionado sobre pontos com problemas no fornecimento de energia ontem (26), a liderança não citou casos específicos.
Posteriormente, a empresa entrou em contato com o Movimento Comunitário para captar informações sobre os casos que motivaram a manifestação e estes serão analisados de forma a identificar possíveis áreas que necessitam de melhorias na rede elétrica.
A empresa esclarece que aumentou em até quatro vezes o número de equipes em campo desde sexta-feira (22) e segue atuando nos casos mais complexos e pontuais, que dependem da reconstrução de trechos inteiros da rede ou da liberação de acesso pela Defesa Civil, por conta dos impactos causados pelas chuvas.
Para modernizar e aumentar a resiliência das redes, a Enel tem investido fortemente em tecnologias como equipamentos de automação, que permitem isolar um trecho de rede e reduzir o número de clientes impactados em eventuais interrupções; na instalação de redes compactas, mais resistentes ao contato de objetos externos; e no aumento de ações de manutenção, como as podas preventivas e corretivas.
A empresa investiu mais de R$ 5,9 bilhões investidos nos últimos seis anos (2018 -2023). Entre 2018 e 2023, a duração média das interrupções (DEC) melhorou 36% e a frequência média de interrupções (FEC) melhorou 49% na área de concessão da Enel Rio.