Polícia revela trama sinistra sobre execução de família, em Niterói

Investigação realizada pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) revela trama sinistra sobre execução de família, em Niterói, no mês passado. Uma das vítimas, Filipe Rodrigues, de 24 anos, estaria se passando por um policial militar corrupto para enganar o traficante “Naíba”, do Morro do Castro e, dessa forma, obter dinheiro, através de sua enganosa colaboração com os bandidos. Contudo, se tratava de um gesseiro e motorista de aplicativo.

Nesta quarta-feira (3), um dos envolvidos no brutal assassinato, Wesley Pires da Silva Sodré foi preso pela Polícia Civil. Porém, Lucas Lopes da Silva, o Naíba, apontado como o mandante, segue foragido. A polícia ainda investiga quem efetuou os disparos.

Carro capota em Pendotiba

Segundo a DHNSG, Filipe se intitulou “demolidor” do 7º BPM. Para dar veracidade à sua farsa, chegou a forjar conversas, através do WhatsApp, entre ele e um suposto oficial de alta patente.

Além disso, disse aos bandidos que, apesar de se tratar apenas de um soldado, já havia se envolvido em diversas situações. Por exemplo, contravenção, jogo do bicho e maquininha. E a teia de mentiras costurada por Filipe ainda contava com a narrativa de que os policiais mais experientes com quem trabalhava confiavam nele para lidar com o “arrego” – nome dado à propina paga por criminosos.

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A criação dessa falsa identidade – e todo seu contexto – deu a Felipe condições de oferecer aos traficantes a entrega de um “x-9”, como são conhecidos os delatores de criminosos. Para isso, havia cobrado R$ 50 mil. Recebeu R$ 11 mil em duas parcelas, mas a farsa acabou descoberta pelos bandidos.

Como de costume, os criminosos fizeram o julgamento sumário de Filipe, cuja sentença decretou sua pena de morte. Entretanto, eles o mantiveram na ilusão do recebimento do restante do dinheiro. E o desespero para receber os R$ 39 mil restantes do “arrego”, Filipe caiu na armadilha dos traficantes. Levou consigo para a emboscada fatal, sua esposa Rayssa Santos, de 26 anos, e o filho de sete meses, que terminaram brutalmente assassinados, dentro de seu carro.

Empréstimo

De acordo com a versão contada pelos familiares à polícia, Felipe estaria indo pegar “um empréstimo”, no valor de R$ 5 mil Reais, para dar de entrada na compra de uma casa.