Jonathan Silva Cardoso, conhecido como Joaninha, foi executado a tiros na madrugada deste sábado (26) no centro de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O ataque ocorreu em frente ao restaurante Miti Miti Steakhouse e deixou cinco pessoas feridas, incluindo um idoso em estado grave.
Joaninha, que liderava uma milícia atuante em cidades como Itaboraí e Maricá, impunha taxas de extorsão a comerciantes e mototaxistas. Com um histórico de crimes envolvendo homicídios, estelionato e organização criminosa, ele controlava as operações mesmo enquanto esteve preso no Complexo Penitenciário de Gericinó.
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Após ser libertado em março de 2024, Joaninha intensificou as cobranças na região. A sua liderança durou pouco, e a execução marca mais uma reviravolta na disputa territorial entre milícias no estado.
Joaninha iniciou sua atuação no crime entre 2010 e 2018, tornando-se líder de uma milícia local em Itaboraí. Ele expandiu suas operações para Maricá e Araruama, controlando extorsões com ameaças de morte. Mesmo preso em 2019, ele continuava comandando a milícia por meio de celulares contrabandeados, conforme apurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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Em março de 2024, após ser solto, ele retomou o controle das atividades criminosas. Mototaxistas sob sua influência eram forçados a pagar R$ 250 por semana para evitar represálias. Entretanto, apenas sete meses depois de ganhar liberdade, Joaninha foi executado com brutalidade.
Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens armados de fuzis desceram de uma picape e abriram fogo contra Joaninha e outras pessoas que estavam próximas ao restaurante. Depois de cair, ele foi atropelado pelos atiradores, que ainda roubaram uma arma da cintura dele e dispararam novamente antes de fugir.
Entre as vítimas do ataque, está Aliomar Guimarães Leite, de 80 anos, pai de um vereador local, que foi baleado na barriga. Outra vítima identificada foi Carla Verônica Campos, de 47 anos, atingida por estilhaços. Ambos foram levados ao Hospital Regional Darcy Vargas. A polícia ainda apura as identidades das demais vítimas e investiga os autores do crime.