A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (12) a “Operação Teatro Invisível”, focada em desmantelar uma quadrilha dedicada à disseminação de notícias falsas em campanhas eleitorais municipais. A organização atuava em 13 cidades do estado do Rio de Janeiro, influenciando diretamente o voto de eleitores para beneficiar determinados candidatos à prefeitura. A ação contou com a Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais e do Ministério Público Eleitoral, revelando um grave esquema de manipulação política.
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Investigações em curso apontam para um esquema altamente lucrativo, em vigor pelo menos desde 2016. Conforme as investigações, membros da quadrilha contratavam indivíduos para espalhar desinformação em locais públicos. Por exemplo, bares, filas de bancos e mercados, afetando diretamente o processo eleitoral, gravando falsos depoimentos e inundando os meios sociais de mentira.
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Cidades
Nesse sentido, as denúncias incluem o envolvimento das seguintes cidades: Araruama, Belford Roxo, Cabo Frio, Carapebus, Guapimirim, Itaguaí, Itatiaia, Mangaratiba, Miguel Pereira, Paracambi, Paraty, São João de Meriti e Saquarema.
Execução
De acordo com a PF, houve o cumprimento de todos os mandados de prisão preventiva, bem como de busca e apreensão expedidos pela 8ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro. Além disso, a decisão também determinou o bloqueio de de R$ 1 milhão em bens por investigado, como parte da investigação. Em resumo, sobre a ação de hoje, a PF também confirma a apreensão de R$ 188 mil, veículos de luxo e dispositivos eletrônicos.
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Esquema
Os contratados recebiam valores mensais em torno de R$ 2 mil. Já os coordenadores do esquema criminoso lucravam com pagamentos de R$ 5 mil por mês, além de ocuparem cargos ligados às prefeituras. Durante o período eleitoral, os coordenadores saíam de seus postos, sendo substituídos por “laranjas”, garantindo a continuidade do esquema sem levantar suspeitas.
Fantasmas
O funcionamento da quadrilha incluía relatórios detalhados, informando a quantidade de eleitores abordados e os votos convertidos para o candidato beneficiado. A base da operação ficava em São João de Meriti, mas as atividades criminosas se espalhavam por cidades como Belford Roxo, Mangaratiba e Paraty.
Entre as acusações enfrentadas pelos investigados estão crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e assédio a servidores públicos. Além disso, há evidências de desvios de funcionários fantasmas para participar da operação ilegal.
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