A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Terra Devoluta, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada na venda ilegal de terras pertencentes à União. Durante a ação, dois homens foram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
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A investigação também apura crimes ambientais e extorsão praticados pelo grupo. Policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão em locais diferentes: um no bairro de Bangu, na Zona Norte do Rio, e dois em Paraty, no Sul Fluminense.
De acordo com as investigações, o grupo intermediava a venda de áreas com restrições ambientais, enganando compradores. Após a aquisição, os novos proprietários eram coagidos a pagar propinas a órgãos de fiscalização para conseguir avançar com obras e construções.
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A operação revelou indícios de envolvimento de servidores públicos, tanto civis quanto militares. Esses agentes seriam aliciados por despachantes e participariam das vistorias para garantir o pagamento das propinas exigidas.
O nome da operação faz referência ao conceito de terras devolutas, que são áreas públicas sem destinação específica pelo Poder Público e que nunca se tornaram propriedades privadas, apesar de estarem indevidamente ocupadas. O grupo investigado explorava essas terras para vender de forma irregular e obter lucros ilícitos.
Além das prisões, a Polícia Federal apreendeu documentos e dispositivos eletrônicos, que serão analisados para aprofundar as investigações. O material recolhido pode ajudar a identificar mais envolvidos no esquema e confirmar a participação dos servidores públicos suspeitos.
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