Rio de Janeiro - Capital

Polícia conclui investigação de racismo em evento no Rio

Professora argentina imita macacos em samba e pode ser extraditada por racismo

Indiciamento de casal por racismo no Rio coincide com Dia da Consciência Negra; polícia conclui investigação sobre caso de julho.| Reprodução

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou Thiago Martins Maranhão, de 41 anos, e Carolina de Palma, ambos professores, por racismo. O caso ocorreu durante uma roda de samba na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, em julho deste ano, e foi registrado em vídeo por uma jornalista que participava do evento.

As imagens, entregues à polícia no dia 22 de julho, deram início às investigações. A Decradi analisou o material, ouviu testemunhas e os suspeitos antes de concluir o inquérito, que agora será encaminhado ao Ministério Público.

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Investigação detalha implicações raciais

O inquérito policial concluiu que o comportamento registrado associou negativamente pessoas negras a macacos, reforçando uma narrativa histórica de racismo. Segundo a Decradi, atos como esse, ainda que vistos por alguns como “brincadeiras”, perpetuam desigualdades e ferem a dignidade humana.

O comportamento carrega uma história de racismo, usada para desumanizar pessoas negras ao longo dos séculos”, destacou o relatório policial.

Dia da Consciência Negra marca indiciamento

O caso ganhou ainda mais relevância por ter sido concluído no Dia da Consciência Negra, nesta quarta-feira (20). A jornalista Jackeline Oliveira, responsável pelas imagens que deram início à investigação, celebrou o avanço do processo.

Este indiciamento é simbólico. Ver a justiça se mover em um dia tão importante traz esperança para a luta contra o racismo”, afirmou Jackeline.

Legislação reforça penalidade severa

O racismo é considerado crime inafiançável e imprescritível no Brasil. A pena prevista varia de 3 a 5 anos de reclusão, de acordo com a legislação vigente.

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