Pianista niteroiense Felipe Naim se apresenta em recital clássico no Theatro Municipal nesta quarta-feira (30)

Pianista niteroiense Felipe Naim se apresenta nesta quarta-feira (30) em recital clássico no Theatro Municipal | Amanda Respício/Divulgação

Felipe Naim – pianista que atravessa o mundo com as pontas dos dedos – prepara-se para transformar o palco do Theatro Municipal de Niterói em um portal para outras realidades na noite desta quarta-feira (30). Ele promete realizar um espetáculo revelando que que há sons que vão além da nota, porque, simplesmente, tocam a alma.

O músico niteroiense transcende o tempo em seu repertório. Formado no Conservatório do Rio de Janeiro e com o diploma da UFRJ, ele se lançou, como em um prelúdio sonhado, à Franz Liszt Academy, em Budapeste, na Hungria. Lá, Felipe mergulhou nas profundezas da música clássica e do virtuosismo que consagram seu nome.

Entre as paredes que já testemunharam outros magos das teclas, na capital húngara, surgiu a ideia da NaimArtCompany. Essa empreitada, entre o ideal e o possível, o trouxe de volta às raízes. Na bagagem, trouxe o sonho de abrir novas portas e fazer de Niterói um novo ponto de encontro para a música erudita internacional.

Atualmente, Felipe Naim não vai além do prêmio “Under 30” da Forbes, e do título do concurso Prelúdio de 2019 da TV Cultura. Trata-se de um contador de histórias sem palavras, pois a cada toque nas teclas do piano o artista emite ondas que permeiam sua plateia. Nas suas interpretações, o público não ouve apenas a melodia, mas sente-a se desdobrar em paisagens.

No recital desta quarta-feira, o Teatro Municipal transbordará acordes com a intensidade de uma tempestade de verão. Com a grandiosidade de Beethoven, com a sonoridade de um Chopin que tanto nos fala de nostalgia e amor, e com o gênio meticuloso de Brahms, Felipe Naim conjura uma experiência que transcende.

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Por exemplo, a Sonata Op. 31 de Beethoven, com sua força visceral e irreverência, abre o caminho para o público ser transportado pela corrente da Barcarolle e Scherzo de Chopin, onde o rio se torna mar. E, por fim, Brahms, com suas Variações de Paganini, evoca o extraordinário com o brilho e o ímpeto de fogos de artifício – um convite ao inesperado e à subversão do ordinário.

Felipe Naim convida os amantes de música erudita a embarcar nesta viagem. E como se uma névoa quase mística envolvesse Niterói, ele pede que cada um se entregue ao ritual de uma noite de música, onde o tempo se suspende e cada toque no piano ressoa como uma promessa de eternidade.

Mais do que um recital, Felipe entrega-se ao que parece ser um recomeço, num reencontro com o palco que o viu crescer. Ao mesmo tempo, serve à inauguração de sua própria empresa de produção artística, consolidando Niterói como o berço de sua jornada internacional. Principalmente, porque se trata de um momento para a posteridade, pois a apresentação será gravada e registrada em imagem e som para sempre.