Foram 370 dias de ausência (não esqueçam que 2024 é bissexto). Cerca de 30 minutos em campo; uma chance gol perdida. Depois de uma grave lesão, sofrida na partida entre Uruguai x Brasil, dia 17 de outubro de 2023, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, o camisa 10 da seleção brasileira voltou aos gramados nesta segunda-feira, na Champions League da Ásia. Agora, é pensar de novo na seleção.
O jogo, entre Al Ain (Emirados Árabes) e Al Hilal (Arábia Saudita), tinha diversas atrações. Na temporada passada, foi o time dos Emirados que quebrou a maior sequência de vitórias de uma equipe no futebol – o Al Hilal, 34 jogos seguidos vencendo. E justamente na Champions League da Ásia, que acabaria vencendo. Os dois times são, também, os maiores campeões em seus países.
A maior de todas as atrações, porém, era o esperado retorno de Neymar ao futebol. E em uma partida parelha (o resultado, 5 a 4 para o Al Hilal, comprova isso), colocar em campo um jogador que há um ano não atuava… Mesmo assim, Neymar estava no banco. Ao lado do treinador Jorge Jesus, Neymar vibrava, torcia, acompanhava com atenção o que acontecia. Quando parecia estar chegando a hora de voltar, seu semblante ficou tenso.
Uma expulsão, porém, parecia que iria adiar seu retorno. Só que Salem, companheiro de time, marcou três vezes e fez o Al Hilal abrir uma vantagem aparentemente sólida. E lá foi Neymar reencontrar a bola que o coloca como um dos maiores nomes da história do futebol. Começou meio perdido, é verdade, correndo sem muita direção, mas quando finalmente a bola parou no seu pé… Faltou muito pouco para marcar um belo gol.
Dia 1º de novembro Dorival Jr convocará a seleção brasileira para os dois próximos jogos das Eliminatórias. Contra a Venezuela, dia 14 de novembro; e dia 19, contra o mesmo Uruguai de triste memória. Desta vez, porém, não para jogar no Centenário, em Montevidéu, mas sim para atuar na Fonte Nova, em Salvador, na Bahia de todos os deuses. Até lá, algumas partidas pelo Campeonato Saudita e uma, apenas uma mais, pela Champions League asiática.
Estará em forma? Com ritmo de jogo? Certamente não. Quem, porém, deixaria de fora Neymar, não estando ele contundido? Jorge Jesus já ajudou, lançando-o numa partida que parecia definida. Quando voltar para a Arábia Saudita, irá escalá-lo em outros jogos. Caberá a Dorival Jr decidir se vai ou não querer Neymar no grupo. E se há uma coisa que Neymar faz melhor do que jogar futebol é compor um grupo. Como se viu no fim do jogo de sua volta, quando Salem, o homem dos três gols do Al Hilal, foi beijá-lo como que dizendo “seja bem-vindo de volta”.
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