No que diz respeito à participação na vida financeira por parte de homens e mulheres, 76% das pessoas em todo o mundo acreditam que essa oportunidade se aplica igualmente a ambos os gêneros. No entanto, no Brasil, há uma disparidade de percepção. Apenas 7% das mulheres acreditam que a participação financeira mais se aplica aos homens. Em contrapartida, 16% dos homens compartilham dessa visão.
A pesquisa também revelou divisões nas percepções sobre liderança na vida pública, dedicada às ações e decisões que envolvem a sociedade, como a política, a economia e as instituições públicas. Globalmente, 44% acreditam que ter um papel de liderança nessa esfera é mais provável para homens, enquanto 45% veem essa oportunidade como igual para ambos os gêneros. No Brasil segue a média global, com 41% dos entrevistados acreditam que as posições de liderança na vida pública são mais aplicáveis aos homens, com apenas 7% acreditando que são mais aplicáveis às mulheres.
Já o acesso à educação superior é visto como igualmente acessível para homens e mulheres por 78% dos entrevistados globalmente. No Brasil, a percepção de que frequentar a universidade é mais provável para mulheres é de apenas 13%, colocando o país em quarto lugar nessa perspectiva, atrás da Suécia, Índia e Malásia.
“Embora o Brasil apresente dados otimistas na pesquisa, a luta pela igualdade ainda é um caminho longo a ser percorrido, e requer mudanças significativas e mais ágeis para que as futuras gerações ainda possam ter os mesmos direitos na vida profissional e pessoal. A questão financeira ainda é um dos temas mais delicados e revela um abismo entre os gêneros que precisa mudar”, comenta Priscilla Branco, gerente sênior de Reputação Corporativa e Opinião Pública da Ipsos no Brasil.
Perspectivas para a igualdade
A pesquisa indica que alcançar a igualdade entre homens e mulheres é uma prioridade pessoal para duas em cada três pessoas (68%) no mundo. No Brasil, esse sentimento é ainda mais forte, com 69% dos entrevistados considerando a igualdade de gênero de extrema importância. As mulheres brasileiras (74%) demonstram um compromisso particularmente elevado com essa causa, em comparação com 64% dos homens.
Finalmente, quando questionados sobre o futuro das mulheres jovens em comparação com a geração de suas mães, 54% dos brasileiros expressaram otimismo, acreditando que as jovens terão uma vida melhor. No entanto, o Brasil ocupa o 180 lugar na pesquisa, uma posição inferior no ranking global, evidenciando a necessidade de avanços contínuos.
Sobre a pesquisa
A pesquisa “Dia Internacional das Mulheres 2025” foi realizada pela Ipsos, em parceria com o Kings’ College de Londres. A coleta de dados aconteceu entre os dias 20 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025. Foram entrevistadas 23.765 pessoas on-line, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, com idades entre 16 e 74 anos.
Globalmente, responderam a esta pesquisa 4.861 adultos on-line da Geração Z com idade entre 18 e 28 anos. O plano amostral constituiu-se de 2.243 homens e 2.618 mulheres. A margem de erro corresponde a 3,5 pontos percentuais.
A Ipsos é uma empresa de pesquisa de mercado independente, presente em 90 mercados. A companhia, que tem globalmente mais de 6.000 clientes e 20.000 colaboradores, entrega dados e análises sobre pessoas, mercados, marcas e sociedades.
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