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Motorista atropela travesti com o mesmo veículo que utilizou em campanha de Jordy

Motorista atropela travesti com o mesmo veículo que utilizou em campanha de Jordy

Motorista atropela travesti com o mesmo veículo que utilizou em campanha de Jordy | Reprodução

Na madrugada de segunda-feira (28), um grave acidente no Centro de Niterói abalou a cidade. O ex-secretário parlamentar Eduardo da Silva Picoto, ligado ao deputado federal Carlos Jordy, se envolveu em um atropelamento que deixou uma travesti ferida. A tragédia, marcada por nuances de álcool e política, revela um contexto inquietante que vai além do acidente em si.

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Eduardo Picoto, que atuou como secretário no gabinete de Jordy entre 2019 e 2022, é uma figura conhecida na esfera política local. O seu envolvimento com a família Jordy não se limita ao cargo. Ele atuou ativamente na recente campanha do deputado, usando o mesmo veículo – um Renault Logan prata – que conduzia na noite fatídica. Este carro foi, inclusive, parte da prestação de contas da campanha, gerando pagamentos para o pai de Eduardo, José Carlos Picoto.

O momento do acidente

O atropelamento ocorreu na Rua Visconde de Itaboraí, onde a Polícia Militar foi chamada às 0h30. Ao chegarem, os agentes encontraram Eduardo visivelmente alcoolizado, apresentando dificuldades motoras e um claro odor etílico. O Renault Logan, com o para-brisa quebrado, era testemunha de uma noite de decisões impulsivas.

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Segundo relatos, Eduardo estava acompanhado de uma outra travesti. Juntos, eles tinham saído de um motel, onde consumiram bebidas alcoólicas. O objetivo era ir até a Rodoviária de Niterói, onde Eduardo pretendia sacar dinheiro. No entanto, durante o trajeto, ocorreu o acidente. A testemunha relatou que, após o atropelamento, Eduardo tentou fugir, mas sua acompanhante conseguiu puxar o freio de mão e retirar as chaves do carro.

As consequências imediatas

Após o acidente, a travesti atropelada, socorrida pelo Corpo de Bombeiros, recebeu atendimento no Hospital Azevedo Lima. Até o fechamento desta reportagem, seu estado de saúde permanecia desconhecido. Eduardo, por sua vez, foi levado à 76ª DP (Niterói) para registro da ocorrência. O relatório policial indicava que o motorista estava sob efeito de álcool, levando a especulações sobre o que realmente motivou o atropelamento: um descuido ou uma intenção deliberada.

Reprodução @bennybriolly

Reflexões sobre a realidade política e social

Este incidente destaca a intersecção entre política, álcool e vulnerabilidade social. A figura de Eduardo Picoto, que não apenas era um funcionário público, mas também um ativo participante da campanha de um político local, faz com que este caso ressoe de maneira ainda mais profunda. Ele não é apenas um motorista alcoolizado, é um ex-secretário que, em seu papel, deveria ser um exemplo para a comunidade.

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