É… Parece que Croácia e título é casamento que não dá certo. Na final da Liga das Nações da Europa, realizada neste domingo, em Roterdã (Holanda), a Espanha derrotou a Croácia, nos pênaltis, por 5 a 4 (depois de 0 a 0 nos 90 minutos e 0 a 0 na prorrogação), deixando de novo a seleção croata na segunda colocação. Os espanhóis quebraram um jejum de 11 anos – conquistaram a Euro em 2012.
Com o estádio do Feyenoord lotado, com cerca de 70% dos 40 mil lugares ocupados por croatas, o jogo não apresentou o nível técnico que se poderia esperar. Certamente por conta do desgaste físico dos jogadores, afinal de contas, é o fim da temporada europeia e vários deles estiveram, até semana passada, envolvidos em finais de competições continentais de clubes.
E quem parece mais ter sentido o desgaste foi a Croácia. Desgaste e falta de opções no banco de reservas. No fim dos 90 minutos, a Espanha, sentindo ter mais condições físicas, ameaçou até o fim, sem sucesso. Na prorrogação, a Croácia foi buscar ânimo de onde não mais se esperava. O desejo de conseguir o primeiro título era enorme, estava evidente. Só que apenas disposição não ganha jogo – e a final foi para os pênaltis.
Nas seis primeiras cobranças, 100% de aproveitamento – e Luca Modric, craque croata, bateu justamente o terceiro pênalti de sua seleção. A partir daí, só emoção. Majer bateu o quarto pênalti da Croácia e o goleiro espanhol Unai Simon defendeu com o pé – isso mesmo… Houve um momento de dúvida se Simon estava legal na defesa e, sim, valeu a defesa. A Espanha fez 4 a 3 e deixou o clima tenso para o experiente Perisic, que bateu e empatou.
Em seu quinto pênalti, que poderia definir o jogo, Laporte deu um bico no travessão, para desespero dos espanhóis e alegria dos croatas, que viram seu sonho renascer. Petkovic (lembram dele? aquele que empatou o jogo contra o Brasil na Copa do Qatar, na prorrogação), bateu o sexto pênalti e mais uma vez Unai Simon defendeu – e de novo houve consulta ao VAR, que aprovou a cobrança. Carvajal bateu o sexto pênalti espanhol, marcou e fez a festa, para desespero da imensa torcida croata que invadiu a Holanda.
