Foto: Rômulo Serpa – CNJ
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) se manifestou nesta segunda-feira (15) contra o afastamento cautelar de dois juízes e dois desembargadores que atuaram em casos da Operação Lava Jato. A entidade considera a medida “inadequada” por ter sido tomada de forma monocrática e na véspera do julgamento das ações que pedem a suspensão de suas funções.
O afastamento dos magistrados foi determinado pelo corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão afetou Gabriela Hardt, ex-juíza da 13ª Vara Federal de Curitiba, o atual juiz da 13ª Vara, Danilo Pereira Júnior, e os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
As decisões de Salomão foram tomadas com base em duas reclamações disciplinares contra os magistrados. As reclamações estão na pauta da sessão do CNJ agendada para terça-feira (16). A Ajufe questiona a decisão monocrática do corregedor, defendendo que o afastamento deveria ter sido deliberado pelo plenário do CNJ.
A associação destaca que os quatro magistrados afastados possuem “conduta ilibada e décadas de bons serviços prestados à magistratura nacional, sem qualquer mácula em seus currículos”. A Ajufe considera os afastamentos “absolutamente desarrazoados” e confia que a decisão de Salomão será revertida pelo plenário do CNJ, “já que os fatos sustentados não autorizam a medida determinada”.
