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Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, divulgado nesta quarta-feira (17), não conseguiu determinar se Paulo Roberto Braga, de 68 anos, morreu antes ou depois de chegar a uma agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O homem foi encontrado morto no local na terça-feira (16).
O exame de necropsia apontou que o óbito ocorreu entre 11h30 de terça-feira e 1h da quarta-feira, um intervalo de 10 horas. No entanto, o perito não tem elementos para afirmar com precisão o momento exato da morte.
“O perito não tem elementos seguros para afirmar do ponto de vista técnico e científico se o sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou interior da agência bancária, ou que foi levado já cadáver à agência bancária. Apesar das técnicas mais modernas, não pode o perito consciente de suas responsabilidades estabelecer com precisão determinada hora como aquela que ocorreu a morte. No máximo, deve fazer uma aproximação tão segura quanto possível, que inclua o real momento da morte. Desta forma, a necropsia se iniciando as 11h30 do dia 17/04/2024, o perito pode afirmar que o óbito ocorreu entre 10,5h a 24 horas em relação ao momento da necropsia, sendo assim entre 11h30h do dia 16/04/2024 e 01h00 do dia 17/04/2023”, dispõe o laudo do IML.
Investigação prossegue
Apesar do laudo inconclusivo, a investigação da 34ª DP (Bangu) segue em andamento. Assim, a delegacia já ouviu a sobrinha de Paulo, Erika de Souza Vieira Nunes, que o levou ao banco para sacar um empréstimo.
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Erika alega que o tio estava vivo quando entrou no banco e que ele mesmo quis ir buscar o dinheiro do seguro. Imagens de câmeras de segurança, no entanto, mostram Paulo imóvel no carro e sendo retirado por Erika e um homem antes de aparecer morto na agência.
Segundo o delegado Fábio Luiz, titular da 34ª DP, a investigação apura se Erika tentou fraudar o banco usando o dinheiro do empréstimo. Assim, a mulher foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.
Enfim, o laudo do IML não contribuiu para determinar o momento da morte de Paulo. Porém, a investigação da polícia seguirá em busca do esclarecimento de todas as circunstâncias do caso, bem como da existência ou não de crime e eventual motivação.