Leste FluminenseSão Gonçalo

Festa do Trabalhador: gonçalenses comentam repasse à rifeira

Moradores de SG contestam R$ 350 mil dados à rifeira para Festa do Trabalhador

Festa do Trabalhador: gonçalenses comentam repasse de R$ 350 mil à rifeira | Renan Otto/Prefeitura de São Gonçalo/Divulgação

Após a publicação, na última quarta-feira (1º), da reportagem sobre os R$ 350 mil concedidos a uma influenciadora digital que pratica a venda ilegal de rifas on-line para realizar a Festa do Trabalhador, em São Gonçalo, moradores da cidade questionaram a situação.

Ao FOLHA DO LESTE, a maioria comentou não entender por quê a prefeitura contemplou uma pessoa sem experiência na realização de eventos para realizar uma festa que o próprio Poder Executivo já organizava.

Leia mais notícias sobre São Gonçalo aqui

A influenciadora em questão é Fernanda Navega. Ela promove rifas e sorteios em suas redes sociais, mas a Polícia Civil fluminense combate tal prática, e já realizou operação contra outros blogueiros.

A moradora de São Gonçalo e leitora do Folha do Lerste Nilda Ferreira Mendes frisou que o município deveria destinar os recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG) para fomentar a cultura na cidade.

O dinheiro é da Lei Paulo Gustavo, de incentivo à cultura, que deveria ser usado em São Gonçalo por entidades da cidade. Havia três ‘prêmios’ de R$ 350 mil. Agora já sei quem ganhou”, disse.

Já Alex Sandro Rocha comparou a celeridade na liberação de verbas para eventos do tipo com a morosidade em outras áreas, como a da saúde, por exemplo.

Aí você vai no Pronto Socorro do Zé Garoto nem lenço tem”, reclamou.

Já Ligia Silva recordou de outra polêmica envolvendo contratação de artistas para shows. Quando diversas cidades de regiões interioranas do Brasil pagaram cerca de R$ 1 milhão por uum show do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

Leia mais notícias sobre São Gonçalo aqui

Está igual aquela história do Gusttavo Lima, que levou mais de R$ 1 milhão para fazer show em cidade pequena”, declarou.

Entretanto, houve quem achasse o valor justo. Sandra Rodrigues disse, sem apresentar casos concretos, que “Maricá e Rio de Janeiro estão gastando bilhões”.

Só isso? A Prefeitura de Maricá e a Prefeitura do Rio estão gastando bilhões”, alegou.

Outro lado

O FOLHA DO LESTE perguntou à Prefeitura de São Gonçalo o que levou o município a deixar de organizar a Festa do Trabalhador bem como quais critérios fizeram com que contemplassem Fernanda. A reportagem também questionou sobre a legalidade da comercialização de camarotes, que eram vendidos pelo valor de R$ 500.

A Secretaria de Turismo e Cultura limitou-se a dizer que todos os critérios norteadores da Lei Paulo Gustavo estão detalhados nos editais de chamamento dos fazedores de cultura do município, publicados em Diário Oficial. O órgão informou que o projeto mencionado está de acordo com tais critérios. Sem quaisquer questões que pudessem impedi-lo de ser agraciado com os recursos do governo federal.

Leia mais notícias sobre São Gonçalo aqui

A Prefeitura disse ainda que evento Festa do Trabalhador é uma iniciativa privada, que recebeu apoio da Prefeitura. Assim como vários outros eventos, não apenas de Cultura, também recebem – embora o Município tenha promovido a edição de 2023. Por fim, a Prefeitura informou que não faria sentido promover uma outra festa, já que a mencionada teve entrada franca.

A reportagem do FOLHA DO LESTE também tentou entrar em contato com Fernanda Navega, mas, até o fechamento deste texto, ela não havia respondido. O espaço permanece aberto, e caso ela responda, a qualquer tempo, esta reportagem terá atualização.

Itaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da SerrinhaItaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da Serrinha

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *