A falta de água em unidades de saúde no Rio de Janeiro continua impactando o atendimento à população nesta sexta-feira (29). O problema foi agravado pela crise hídrica e afeta hospitais públicos e privados, incluindo o Souza Aguiar, que segue sem água.
A falta de água em unidades de saúde no Rio de Janeiro persiste nesta sexta-feira (29), afetando tanto hospitais públicos quanto privados. O problema, que já havia comprometido serviços essenciais na quinta-feira (28), é resultado da manutenção preventiva anual do Sistema Guandu, responsável por abastecer 10 milhões de pessoas na capital e na Baixada Fluminense.
O calor extremo, com temperaturas superiores a 40°C, agravou ainda mais a situação. A cidade registrou, na tarde de quinta-feira, o dia mais quente do ano, com 40,4°C na estação Mangaratiba, na Zona Oeste. Esse cenário de calor intenso é classificado como nível 3 (NC3), com índices entre 36°C e 40°C e previsão de persistir por pelo menos três dias consecutivos.
A falta de água afetou diretamente o Hospital Municipal Souza Aguiar, que segue com falhas de abastecimento. O problema também atingiu outras unidades de saúde, como o Hospital Universitário Pedro Ernesto, na Zona Norte, que suspendeu internamentos, cirurgias e procedimentos ambulatoriais eletivos. O Hospital dos Servidores, no Centro, e o Hospital Memorial Engenho de Dentro, na Zona Norte, também enfrentaram dificuldades.
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Apesar dos esforços da Secretaria Municipal de Saúde, algumas unidades operam apenas de forma parcial. Além disso, hospitais estão recorrendo a caminhões-pipa para tentar minimizar o impacto, mas ainda assim a água não tem sido suficiente para atender à demanda. O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o Procon Carioca intensificará a fiscalização da concessionária Águas do Rio, responsável pela distribuição de água.
Em meio à crise hídrica, que começou com o rompimento de uma adutora na Zona Norte, moradores também têm encontrado dificuldades para acessar caminhões-pipa, o que agrava ainda mais a situação. O Sistema Guandu, que abastece a cidade, voltou a operar a 100% na manhã de quinta-feira, mas a normalização do fornecimento de água permanece lenta.