Exposição de Antônio Roseno transforma lixo em arte

Exposição de Antônio Roseno transforma lixo em arte | Divulgação/Rafael Pereira

A mostra “A.R.L. Vida e Obra”, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, traz um panorama da carreira de Antônio Roseno de Lima, artista que transformou materiais reciclados em arte. A exposição estará aberta ao público até o dia 28 de outubro, de quarta a segunda, das 9h às 20h.

+ LEIA TAMBÉM: ►PM atira em esposa na Dutra após discussão durante viagem

Antônio Roseno de Lima, o protagonista desta exposição, migrou para São Paulo nos anos 1950, buscando melhores condições de vida. Sua arte, caracterizada pela “art brut”, termo cunhado por Jean Dubuffet, emergiu da pobreza e da exclusão, utilizando materiais reciclados como latas e papelão para criar obras impactantes.

Exposição de Antônio Roseno transforma lixo em arte | Divulgação/Rafael Pereira

As pinturas de Roseno eram marcadas por autorretratos, onças, vacas e cenas do cotidiano. O artista usava recursos improvisados, dando nova vida a materiais encontrados no lixo. Sua obra, exposta no CCBB, desafia as normas da arte tradicional, destacando-se pela expressividade crua e singular. Entre as peças mais icônicas estão “O Bêbado” e “Presidentes”, que retratam figuras históricas de forma lúdica e intensa.

+ MAIS NOTÍCIAS DE ENTRETENIMENTO, ARTES E CULTURA? CLIQUE AQUI

O curador Geraldo Porto ressalta que a exposição proporciona uma experiência única, com obras penduradas no teto para permitir uma interação mais profunda. Além disso, a mostra oferece recursos de acessibilidade, como audiodescrição e reproduções em 3D de algumas pinturas. Essa abordagem sensorial amplia o acesso e a experiência artística para diferentes públicos, reforçando a relevância social da exposição.

Artistas contemporâneos, como Victor Epifanio, reconhecem a influência de Roseno em suas próprias obras. Ele destaca a paleta vibrante e o impacto visual das pinturas do artista, elementos que continuam a inspirar novos criadores. A exposição, portanto, não apenas preserva a memória de Roseno, mas também fortalece seu legado artístico.